A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (26) que o ditador Kim Jong-un supervisionou os novos “drones suicidas”, recentemente revelados pelo país.
No sábado (24), Kim usou binóculos para assistir ao teste de desempenho de drones, organizado pelo Instituto de Drones da Academia de Ciências da Defesa em um local não revelado na Coreia do Norte.
Os equipamentos identificaram e destruíram alvos com precisão, segundo a KCNA, agência estatal de notícias.
O líder norte-coreano declarou que “é necessário desenvolver e produzir mais drones suicidas”, bem como “drones estratégicos de reconhecimento e ataque múltiplo”, segundo a KCNA.
Os drones suicidas carregam explosivos e são projetados para se chocar contra alvos inimigos.
Os equipamentos serão usados em “diferentes alcances para atacar qualquer alvo inimigo em terra e mar”, afirmou a KCNA.
Os drones testados por Pyongyang em 24 de agosto “identificaram corretamente e destruíram os alvos designados após voar por diferentes rotas preestabelecidas”, disse a agência.
Kim afirmou que seu país buscará “introduzir tecnologia de inteligência artificial no desenvolvimento dos drones”.
Especialistas apontaram que os drones das imagens se assemelham aos modelos israelenses Harop, aos russos Lancet-3 e aos israelenses Hero 30.
A Coreia do Norte pode ter adquirido a tecnologia israelense da Rússia, que por sua vez a teria obtido do Irã. Teerã poderia tê-los conseguido por meio de hackeamento ou roubo de Israel.
“O drone suicida que se assemelha ao Harop pode voar mais de 1.000 km”, indicou Cho Sang-keun, professor do Instituto Avançado Coreano de Ciência e Tecnologia. Isso representaria uma ameaça significativa para a segurança da Coreia do Sul.