A possibilidade de expansão do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é um dos temas centrais da cúpula que reúne lideranças do bloco em Joanesburgo até quinta-feira (24).
O tema não é unânime: China, Rússia e África do Sul defendem a expansão. O Brasil, que era contra a ideia, flexibilizou a postura, mas o presidente Lula (PT) defende um crescimento controlado —assim como a Índia. A preocupação é que uma expansão grande e rápida seja encarada como uma aliança contra o Ocidente, os Estados Unidos e o G7 –nesta terça-feira (22), o governo americano disse não ver o grupo como rival.
No fórum de negócios da cúpula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou claro que o Brics não almeja um antagonismo com o G7 ou outro bloco.
A definição sobre o eventual crescimento está entre as principais expectativas em torno do relatório final da cúpula, que também pode trazer novidades sobre estratégias de desdolarização das transações no bloco.
Para alcançar consensos, as lideranças do Brics terão que superar diferenças em temas como a Guerra na Ucrânia e as regras do Conselho de Segurança da ONU.
O episódio desta quarta-feira (23) explica os interesses por trás das discussões sobre expansão e desdolarização, e o que mais pode sair do encontro do Brics. O podcast entrevista Ricardo Della Coletta, repórter da Folha que está em Joanesburgo.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.