A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, chamou de históricas as eleições presidenciais deste domingo (28), na Venezuela, e disse que a vontade da população deve ser respeitada.
“Os Estados Unidos apoiam o povo da Venezuela que expressou a sua voz nas eleições presidenciais históricas de hoje. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada”, disse a vice-presidente americana em publicação na rede social X.
“Apesar dos muitos desafios, nós continuaremos trabalhando em prol de um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela”.
Mais de 21 milhões de eleitores estavam aptos a ir às urnas para definir o futuro político de Nicolás Maduro, que comanda um país abalado por uma crise econômica prolongada, pressões internacionais e uma diáspora de milhões de venezuelanos que deixaram o país em busca de melhores condições.
No poder desde 2013, quando assumiu a presidência após a morte de Hugo Chávez, Maduro tem como principal oponente Edmundo González Urrutia.
O candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, não havia se manifestado sobre a eleição venezuelana.
Mais cedo, ainda neste domingo, o chefe da diplomacia do governo Biden, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos “não vão prejulgar o resultado” do pleito.
“Esta é uma escolha para os venezuelanos fazerem, mas o povo venezuelano merece uma eleição que reflita genuinamente sua vontade, livre de qualquer manipulação”, disse o secretário de estado americano em evento no Japão.
Em outubro de 2023, os Estados Unidos aliviaram sanções à indústria petrolífera da Venezuela após um acordo entre Maduro e partidos de oposição. A flexibilização durou pouco, e foi rescindida após a Suprema Corte de Caracas tornar inelegível por 15 anos a candidata da oposição María Corina Machado.
Blinken disse que o ditador venezuelano não cumpriu muitos dos compromissos assumidos naquele acordo, mas que ainda havia “enorme entusiasmo” antes do pleito.