A chamada Terceira Plenária, reunião de quatro dias do Comitê Central do Partido Comunista da China, divulgou em comunicado que “decidiu aceitar o pedido de renúncia do camarada Qin Gang e removê-lo de seu cargo de membro do Comitê Central”, no início da noite desta quinta-feira (18), horário local, em Pequim.
Qin já havia sido retirado da função de ministro do Exterior em julho do ano passado, menos de sete meses após sua posse, sendo substituído por Wang Yi. Como ocorrido à época, desta vez tampouco se esclareceu o motivo para a remoção do diplomata do Comitê Central. Qin, que segue no partido, havia sido embaixador da China nos Estados Unidos.
A Terceira Plenária, encontro voltado sobretudo a temas econômicos e convocado a cada cinco anos pelo regime, também confirmou a expulsão do Comitê Central do ex-ministro da defesa Li Shangfu e dos generais Li Yuchao e Sun Jinming, os três por “graves violações da disciplina e da lei” –após relatório apresentado pela Comissão Militar Central, comandada pelo secretário-geral, Xi Jinping.
O também ex-ministro da defesa Wei Fenghe havia sido expulso do partido no último mês. Ele e Li Yuchao foram então acusados de receber propina e estão sob investigação da Promotoria chinesa.
Tanto o ex-chanceler Qin Gang como o ex-ministro Li Shangfu foram indicados para os cargos no terceiro mandato de Xi, o que levou a especulações de que a queda de ambos teria sido uma derrota para o líder —ou, pelo contrário, uma concentração maior de poder em suas mãos.