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Ataque de drones mata ao menos 100 na Síria – 05/10/2023 – Mundo

Ao menos 100 pessoas morreram em um ataque de drones em uma academia militar na Síria, em Homs (140 km ao norte de Damasco), nesta quinta-feira (5), segundo autoridades. As aeronaves não tripuladas bombardearam o local minutos depois que o ministro da Defesa da Síria deixou uma cerimônia de formatura na instituição.

Este é um dos ataques com maior número de mortos já realizados contra uma instalação do Exército sírio e sem precedentes no seu uso de drones armados no país, que enfrenta 12 anos de guerra civil.

Segundo o ministério da Defesa, grupos “terroristas” e “apoiados por conhecidas forças internacionais” foram os responsáveis. A declaração não aponta, porém, qual organização estaria por trás da ação, e nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade.

Os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Síria prometeram responder “com toda a força” —as forças do regime de Bashar al-Assad, que detém o controle de apenas parte do país, realizaram ataques aéreos na zona controlada pela oposição em Idlib, no noroeste da Síria.

“Depois da cerimônia, as pessoas desceram para o pátio, e foi quando os explosivos atingiram. Não sabemos de onde veio o ataque, e os corpos se espalharam pelo chão”, diz um homem que ajudou a montar decorações na academia para a ocasião.

Imagens compartilhadas com a Reuters pelo WhatsApp mostram pessoas em uniformes e roupas civis deitadas em poças de sangue em um grande pátio.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos diz que mais de 100 pessoas foram mortas e 125 ficaram feridas. Um oficial na aliança que apoia o regime de Bashar al-Assad afirma que o número de mortos era de cerca de 100.

O ministro da Saúde, Hassan al-Ghobash, informou à TV estatal que 80 pessoas foram mortas, incluindo 6 mulheres e 6 crianças, mas disse que cerca de 240 pessoas ficaram feridas.

A guerra civil na Síria começou com protestos contra o presidente Bashar al-Assad em 2011, em meio à efervescência regional da Primavera Árabe, mas se transformou em uma guerra total que deixou centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados internos e refugiados.

O Exército sírio foi enfraquecido pelos combates e dependeu do apoio militar da Rússia e do Irã, bem como de combatentes apoiados por Teerã no Líbano, Iraque e outros países.

Assad recuperou a maior parte do país, mas uma faixa no norte, na fronteira com a Turquia, ainda é controlada por grupos armados de oposição, incluindo combatentes jihadistas.

Fonte: Folha de São Paulo

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