O governo de Joe Biden anunciou, nesta sexta-feira (29), que entregará em breve as permissões de exploração de petróleo e gás no Golfo do México. A medida foi criticada por grupos ambientalistas.
O presidente democrata quebra mais uma vez a sua promessa de campanha de não autorizar novas perfurações de combustíveis fósseis em territórios federais dos Estados Unidos.
A decisão também foi criticada pela indústria de petróleo e gás, uma vez o número de autorizações é inferior ao previsto pelo governo de Donald Trump.
Serão licenças para três zonas de perfuração, quantidade que é a mais baixa da história, segundo o governo.
Segundo o Departamento do Interior, órgão que administra as terras federais, o Estado é obrigado por lei a abrir licenças de exploração de petróleo para autorizar mais projetos de energia eólica.
Neste ano, o governo de Joe Biden limitou novas explorações de petróleo e gás em uma enorme área do norte do Alasca para combater a crise climática, cinco meses depois de ter aprovado um projeto de petróleo e gás na mesma região.
Nesta semana, o Reino Unido autorizou o avanço de um de seus maiores novos projetos para a exploração de petróleo e gás em anos, o campo de Rosebank, no Mar do Norte. O governo do primeiro-ministro Rishi Sunak disse que a segurança energética é a prioridade do país. Ambientalistas reagiram com protestos.
O anúncio britânico foi feito pouco dias depois que Sunak enfraqueceu as metas climáticas do país.
Também nesta semana, a AIE (Agência Internacional de Energia) divulgou relatório apontando que a demanda por combustíveis fósseis precisa cair um quarto até o final desta década se os governos desejarem limitar o aquecimento global em 1,5°C acima do patamar do período pré-industrial, meta estabelecida no Acordo de Paris.
Carvão, petróleo e gás natural precisarão ser substituídos por energia limpa em um ritmo acelerado para manter o mundo no caminho de zerar as emissões líquidas de gases-estufa até 2050, afirmou também a agência.