“Foi um fato que causou a interrupção na Região Norte e Nordeste e, por uma contingência planejada do ONS, minimizou a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, para que não houvesse a interrupção total dessas regiões”, disse o ministro em entrevista coletiva.
Segundo o ministro, o apagão de mais cedo “não tem nada a ver com a segurança energética do Brasil”.
Inquérito policial será pedido
A respeito da sobrecarga no Ceará, o ministro afirmou que as possibilidades de falha técnica, falha humana ou dolo (ação criminosa) deverão ser apuradas pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), complementando as apurações internas já iniciadas.
“Estou oficiando o Ministério da Justiça para que seja encaminhado à Polícia Federal um pedido de instauração de um inquérito policial para que apure, com detalhes, o que poderia ter ocorrido, além de diagnosticar apenas onde ocorreu”, afirmou.
Apagão foi evento ‘extremamente raro’
“O ocorrido de hoje não tem nada a ver, absolutamente nada a ver com o suprimento energético e a segurança energética do Brasil. Nós vivemos um momento de abundância dos nossos reservatórios”, afirmou o ministro.
Ele disse ainda que “exatamente às 14h49 tivemos 100% do sistema restabelecido”. Mas, devido a ajustes pontuais, nem todos os consumidores recuperaram o acesso à energia elétrica. O ministro afirmou que a previsão é de que até o fim da tarde 100% dos consumidores tenham o serviço recuperado.
Silveira disse ainda que o caso desta terça é “extremamente raro” de acontecer.
“O que aconteceu hoje é extremamente raro que aconteça, porque nós temos um sistema redundante. Para acontecer um eventos dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade. Ou seja, é extremamente raro que aconteça o que aconteceu no episódio de hoje”, argumentou.
O ministro ainda não explicou o que exatamente causou o apagão. Ele fala em “eventos” ocorridos no sistema.
“Os dados técnicos serão passados no momento adequado. Serão passados nas próximas 48 horas.”