A Economist viajou até Sinop, no Mato Grosso, para saudar como “O interior do Brasil agora se parece com o Texas” (abaixo, via Instagram), com “sertanejo (música country)” e cerveja gelada, não mais o “clichê” de praia, samba e caipirinha.
Na legenda da foto, na revista, “Um fazendeiro reúne seu gado nos arredores de Sinop”, já Bioma Amazônia. É “um centro de produção de soja” e, “graças ao dinheiro e aos empregos trazidos pelo boom agrícola, sua população aumentou 73% nos últimos 12 anos”.
Mais para o final: “O futuro parece brilhante. Mas crescem temores de que o sucesso dos agricultores possa conter as sementes de sua ruína. O desmatamento do Cerrado pode reduzir as chuvas. Os sinais de estresse das alterações climáticas globais já começam a aparecer. O sertanejo pode um dia perder a sua arrogância.”
Por outro lado, ecoa também na Europa a decisão do Supremo de derrubar o marco temporal das terras indígenas. No espanhol El País, “uma vitória vital frente ao agronegócio”. No francês Le Monde, “crucial”. Na rede alemã ARD, “histórica”, sobre o “poderoso lobby agrícola”. Na BBC, “um marco”.
O também britânico The Guardian descreveu “cenas emocionadas” em Brasília, com gente “chorando de alegria, outros dançando”, e destacou, do secretário-geral do “recém-criado Ministério dos Povos Indígenas”, Eloy Terena: “Salve a resistência indígena”.
O Financial Times publicou em seguida a extensa reportagem “Brasil pretende arrecadar US$ 2 bilhões com venda de títulos sustentáveis” ou “verdes”, destacados há pouco em artigo do ministro da Fazenda.
O “governo esquerdista de Lula comissionou bancos de investimento e realizou ‘roadshows’ em Londres, Nova York e Boston”, descreve o FT. Mas um investidor adiantou que “é preciso aparecer com um ágio atraente para estimular o apetite do investidor”, contra concorrentes como os títulos com juros altos do Fed.
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