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HomeMundoAlunos pró-Palestina bloqueiam prédio da Sciences Po - 26/04/2024 - Mundo

Alunos pró-Palestina bloqueiam prédio da Sciences Po – 26/04/2024 – Mundo

Estudantes bloquearam, na noite desta quinta-feira (25), o acesso à universidade Sciences Po, em Paris, para protestar contra a guerra na Faixa de Gaza. A manifestação, que ecoa atos semelhantes em instituições dos Estados Unidos, exige que a universidade condene as ações de Israel.

A entrada da prestigiosa instituição de ensino superior amanheceu obstruída com material de construção e lixeiras. Os alunos, que cantavam palavras de apoio e usavam o lenço keffiyeh, emblema de solidariedade a Gaza, penduraram bandeiras palestinas nas janelas do edifício histórico, no centro da capital francesa.

“Vemos o que está acontecendo nos EUA e na Austrália e realmente esperamos que esse movimento se espalhe aqui na França. O mundo acadêmico tem um papel a cumprir”, disse à agência de notícias Reuters Hicham, 22, estudante de mestrado em direitos humanos. “Não cederemos até que o genocídio em Gaza termine”, afirmou Zoe, 20, estudante de mestrado em administração pública.

Em uma carta aos professores, o diretor interino da Sciences Po, Jean Basseres, condenou o bloqueio do prédio. Ele confirmou que, na noite de quarta-feira (24), a polícia removeu um primeiro grupo de estudantes e agora estava conversando com representantes estudantis para tentar encontrar uma solução.

O ato acontece na esteira de diversos movimentos semelhantes nos EUA. Algumas das universidades americanas mais prestigiosas enfrentaram uma série de tumultos na última semana devido a protestos relacionados com a guerra Israel-Hamas.

De um lado, manifestantes defendem sua liberdade de expressão enquanto criticam as universidades e o governo israelense e defendem o fim dos ataques contra os territórios palestinos; de outro, parte dos estudantes judeus se diz temerosa e afirma que protestos contra a guerra se transformaram em antissemitismo.

Na quarta, a onda de protestos se espalhou ainda mais pelo país, que registrou manifestações em instituições de ensino superior de costa a costa do país com escalada de casos de confrontos entre policiais e universitários.

Foram registradas ações em universidades como Brown, em Rhode Island, na Universidade de Michigan, em Ann Arbor, no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e na Politécnica do Estado da Califórnia, em Humboldt, entre outras.

Na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, a polícia enfrentou manifestantes e levou pelo menos uma pessoa sob custódia. Outros manifestantes cercaram então um veículo onde o homem estava detido, gritando em protesto.

Em Austin, soldados com equipamento anti-motim entraram no campus da Universidade do Texas e forçaram os manifestantes pró-Palestina e os contrários aos protestos a se dispersarem. Pelo menos dez pessoas foram detidas.

Também nesta quinta, o grupo Palestine Legal, dos EUA, apresentou uma queixa contra a Universidade de Columbia após a prisão em massa de manifestantes anti-guerra na semana passada. A organização que busca proteger o direito dos americanos de se manifestarem em nome dos palestinos, instou o Departamento de Educação dos EUA a investigar as ações da escola, que alega terem sido discriminatórias. A Universidade de Columbia se recusou a comentar.

Dezenas de manifestantes acamparam no campus de Manhattan durante a semana passada, apelando à universidade para que ponha fim aos seus investimentos em empresas que apoiam ou lucram com as ações militares de Israel nos territórios palestinianos. Columbia diz que o acampamento viola as regras da escola e cria conflitos no campus.

Fonte: Folha de São Paulo

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