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Surpresa de Dorival na seleção teve ‘empurrão’ dos irmãos na carreira e ‘quase perdeu’ convocação por viagem de avião

Destaque com a camisa do Porto, Galeno chamou a atenção do Brasil recentemente ao fazer sua estreia com a camisa da seleção, um sonho de garoto que se realizou – mas que também quase ficou pelo caminho. Aos 26 anos, o atacante que hoje brilha no futebol português precisou sair de casa cedo para morar…

Galeno em treinamento da seleção brasileira. Créditos: Rafael Ribeiro/CBF

Destaque com a camisa do Porto, Galeno chamou a atenção do Brasil recentemente ao fazer sua estreia com a camisa da seleção, um sonho de garoto que se realizou – mas que também quase ficou pelo caminho.

Aos 26 anos, o atacante que hoje brilha no futebol português precisou sair de casa cedo para morar em outra cidade. Foi ajudado pelos parentes para entrar de vez no mundo do futebol, viveu sozinho longe do país e chegou a pensar em desistir. Por sorte, insistiu e hoje vive o sucesso que seus irmãos sonharam por ele.

“Minha história não foi de virar o mundo. Saí novo do Maranhão com 12 anos para ir para Brasília morar com meus irmãos, mas não para jogar futebol. E de lá a gente tentou alguma coisa”, revelou o atacante, em entrevista ao ESPN.com.br.

“Meus irmãos que ficaram na minha cabeça, de me colocar para jogar, e agradeço muito por terem feito isso. Às vezes eles pegam muito no meu pé, falam que foi difícil, mas valeu a pena. E hoje sou muito grato a eles”, completou.

Com carreira curta em times pequenos do Brasil, Galeno está em Portugal desde 2016, quando se mudou ainda com 18 anos. Muito jovem, o atacante chegou a pensar em retornar para casa, justamente pela saudade que sentia.

“Assim que eu cheguei no Porto, eu não joguei muito, só na segunda metade da temporada, e aí apertou muito [a saudade]. Fiquei sozinho um ano, sem ninguém. E não foi fácil, mas consegui me segurar bem aqui”, admitiu Galeno, que chegou a cogitar um retorno ao país.

“Queria ter voltado ao Brasil, mas não apareceu nenhum time. Queria estar perto da minha família, que era o mais importante, mas acabei por ter a oportunidade que eu queria. Hoje estou aqui e muito feliz”, acrescentou.

Oito anos depois da mudança, todo o esforço começou a ser ainda mais recompensado com sua primeira convocação para a seleção brasileira. Mas Galeno temeu ter perdido sua oportunidade por um motivo inusitado.

“No momento que ele [Dorival Júnior] me ligou, eu estava no avião indo para Londres, a gente ia jogar contra o Arsenal, e não tinha como atender. Assim que eu cheguei lá no hotel, recebi a ligação e era o professor falando dessa oportunidade de representar meu país”, relembrou o atacante.

“Pensei: perdi a oportunidade. Mas ele teve a paciência de entender que eu estava no avião, que ia ter jogo no outro dia e acabou por dar tudo certo”, brincou Galeno, que relembrou a reação após falar com Dorival.

“Fiquei meio que sem saber o que fazer. Já liguei para a minha família, para minha namorada também. Ela chorou bastante. Foi muito feliz, muito gratificante, não só para mim como para eles também”, seguiu.

Estreia pelo Brasil e ‘disputa’ com Portugal
Logo em sua estreia na seleção, contra a Espanha, Galeno foi decisivo ao sofrer o pênalti que garantiu o empate em 3 a 3. “Eu nem acreditei, porque quando ele olhou para o banco, foi para os jogadores que estavam aquecendo. Eu estava sentado no banco, doido para entrar. E falei: preciso entrar, esse jogo está com a minha cara, tem muito espaço para jogar”.

“Não acreditei que ia entrar. Passou um filme na minha cabeça. E foi muito lindo de se ver. Não sabia o que fazer, só queria entrar e mostrar meu trabalho. E acabei por sofrer o pênalti no final e ajudar a equipe a sair com o empate, que foi o mais importante”, continuou.

Antes da chegada com a Amarelinha, porém, Galeno quase defendeu outra seleção: a de Portugal. E não foi por falta de tentativa da comissão técnica lusitana.

“O Roberto Martínez chegou a me ligar um dia antes da convocação deles. A gente conversou, e ele entendeu o meu lado. Também falei para ele que era um sonho desde criança representar o Brasil, e ele entendeu muito bem”, disse.

“Mas ele falou que contava comigo representando a seleção de Portugal e que gosta muito do meu estilo de jogo. De jogar como eu jogo de ponta esquerda, de ajudar o lateral a defender. Mas ele entendeu, a minha decisão que foi representar o Brasil”, finalizou.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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