O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, no início deste domingo (7), disse estar “alarmado” pela invasão das forças de segurança do Equador à embaixada mexicana em Quito, para deter o ex-presidente equatoriano Jorge Glas, informou sua porta-voz no sábado.
Guterres enfatizou a importância de manter a inviolabilidade dos recintos diplomáticos, e disse que deveria ser respeitado “em todos os casos, em conformidade com o direito internacional”, disse o porta-voz Stéphane Dujarric em um comunicado.
“O secretário-geral afirmou que as violações deste princípio colocam em risco a continuação das relações internacionais normais, que são fundamentais para o avanço da cooperação entre os Estados”, acrescentou Dujarric.
O chefe das Nações Unidas pediu tanto ao Equador quanto ao México para mostrar “moderação” e “solucionar suas diferenças por meios pacíficos”, acrescentou.
Mais de uma dezena de governos da América Latina denunciaram o assalto à embaixada mexicana em Quito por parte da polícia, qualificada de “improcedente” pela OEA (Organização dos Estados Americanos)
A operação, considerada sem precedentes no mundo, levou o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador a romper relações diplomáticas imediatas com o Equador. Nicarágua, ainda no sábado (6), imitou a decisão.
A operação culminou na detenção de Glas, exigida pela justiça do seu país por cargas de corrupção e que se refugiou naquela sede diplomática desde dezembro.