Mais de 4.000 pessoas foram retiradas de uma área inundada em Oremburgo, ao sul dos Montes Urais, após o rompimento de uma barragem na última sexta (5), segundo autoridades regionais.
Anúncio oficial do governador regional, Denis Pasler, afirma que pouco mais de 2.500 casas ficaram inundadas, e 4.208 pessoas, incluindo 1.019 crianças, foram evacuadas. A região faz fronteira com o Cazaquistão.
As pessoas retiradas foram levadas para centros de abrigo temporário, informou Pasler, anunciando ainda ajuda financeira excepcional para os afetados.
As inundações ocorreram um dia após o rompimento de barragem em Orsk, cidade na fronteira com o Cazaquistão, segundo o Ministério Público regional, responsável pelo caso.
De acordo com o MP, a prefeitura de Orsk recebeu uma notificação em março por uma possível violação da legislação relativa à proteção da população contra catástrofes de origem natural e humana.
A Rússia abriu um processo penal por “negligência e violação das normas de segurança na construção” da barragem, construída em 2014.
Pasler explicou que os especialistas avaliaram que foi construída “para um peso diferente” e que o nível de chuva foi “excepcional”.
Segundo as autoridades regionais, a barragem foi projetada com base em um nível de 5,5 metros do Ural, o grande rio da região. Um parâmetro muito inferior aos 9,6 metros atuais.
As autoridades regionais alegaram que o derretimento da neve, que representa uma “subida” do nível dos rios na região, incluindo o Ural, estariam associados ao rompimento parcial da barragem.
O prefeito de Oremburgo, cidade de meio milhão de habitantes, Sergei Salmin, declarou que as autoridades irão retirar à força os habitantes das zonas inundadas caso se recusem a abandoná-las, e afirmou que o nível do Ural subiu para 855 centímetros e “continuará subindo”.
Ele nomeou diversos distritos da cidade e aldeias próximas que podem ser afetados. “A situação não deixa escolha. À noite, o rio pode atingir um nível crítico”, destacou. “Faço um apelo a todos os que se encontram na zona inundada para que abandonem imediatamente as suas casas. Não há tempo para o convencimento”, acrescentou.
“Os que se recusarem a deixar a zona de perigo serão retirados à força com a ajuda de policiais”, disse ele.
