Um candidato a chefiar uma prefeitura de um município no estado de Puebla, na região central do México, foi assassinado neste sábado (23), em meio a uma onda de violência contra políticos locais durante a época eleitoral.
Trata-se de Jaime González, que buscava liderar o governo da cidade de Acatzingo pelo partido Morena, o mesmo do presidente Andrés Manuel López Obrador, informou o governador de Puebla, Sergio Salomón Céspedes.
No X, o antigo Twitter, ele pediu que a Justiça e o Ministério Público esclareçam o crime. “Do governo de Puebla colaboramos com as investigações e mantemos ações coordenadas com os órgãos de segurança municipais, estaduais e federais”, acrescentou.
A morte de González aconteceu num ponto de venda de automóveis em Acatzingo, onde um número indeterminado de homens armados entrou para atacar o candidato.
Acatzingo faz parte de uma área popularmente conhecida como Triângulo Vermelho, onde ocorrem atividades ilegais como roubo de combustível e de cargas.
A violência ligada ao crime organizado que atinge o México também afeta os políticos, especialmente aqueles que ocupam ou aspiram a obter cargos municipais e estaduais. As razões vão desde tentativas das máfias para subjugar os candidatos até disputas entre grupos de poder locais.
No ciclo eleitoral 2023-2024, já foram mortos 45 políticos e aspirantes a cargos públicos, de todos os partidos, de acordo com um levantamento do site mexicano Infobae.
Em meados de março, Humberto Amezcua, que tentava a reeleição como chefe do município de Pihuamo, no estado ocidental de Jalisco, foi morto a tiros. Poucos dias antes, Tomás Morales, pré-candidato a prefeito de Chilapa, no estado de Guerrero (sul), foi assassinado.
Em Maravatío (estado de Michoacán, no oeste) dois candidatos a prefeito foram assassinados em 26 de fevereiro.
O México realizará eleições presidenciais em 2 de junho, nas quais também serão renovados o Congresso e dezenas de cargos locais.