A série de reportagens “Darién, a selva da morte“, que retrata a maior crise migratória das Américas na atualidade, ganhou versões em inglês, espanhol e créole haitiano.
Os cinco capítulos foram publicados pela Folha no começo de março após meses de apuração e uma viagem à província de Darién, no Panamá, realizada pela repórter Mayara Paixão e pelo fotojornalista Lalo de Almeida no fim de janeiro e início de fevereiro.
A íntegra do especial pode ser lida em inglês e espanhol, e o primeiro capítulo, sobre as crianças brasileiras filhas de haitianos na chamada selva da morte, foi traduzido também para o créole. O objetivo é atingir diferentes públicos, em especial as comunidades migrantes.
A desinformação sobre a inóspita região contribui para o enorme fluxo pela floresta. Vídeos em redes como o TikTok e o YouTube costumam mascarar a realidade, marcada por trilhas e rios perigosos, além de gangues armadas e de redes do narcotráfico.
Localizada na fronteira entre a Colômbia e o Panamá, Darién se tornou paulatinamente uma das principais rotas terrestres rumo aos EUA.
O ano de 2023 registrou cifra recorde, com mais de 520 mil migrantes de todas as partes do mundo fazendo a travessia. Neste ano, somente em janeiro e fevereiro, ao menos 73 mil pessoas já passaram pela selva e chegaram ao lado panamenho. É um crescimento de mais de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior (49,2 mil).