Um exame de comparação balística pode ajudar a esclarecer se o homem apontado como suspeito no atentado que deixou um morto e dois feridos durante um jogo de futebol no Pontal da Barra, em Maceió, tem participação no crime. Desde a prisão, na última quinta-feira (14), quando foi rendido em casa após investigação do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar (PM), o homem nega ter participado do episódio criminoso, registrado no último dia 10, em um campinho em frente à praia.
No momento da prisão, foi apreendida uma arma, um revólver de calibre 38, com quatro munições intactas, que foi encontrada pelos policiais escondida embaixo de uma cama. “Ele segue negando participação no atentado, mas vamos solicitar que a arma apreendida com ele seja levada para exame, e verificar se coincide com a mesma usada no crime”, informou o delegado Gilson Rego.
O delegado também adiantou ao TNH1 que um comparsa do suspeito foi preso nesta segunda-feira (18), mas não há confirmação do envolvimento dessa segunda pessoa no atentado.
“Eles foram presos juntos em março por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Hoje esse comparsa voltou a ser preso por outra razão, estamos aguardando na DHPP [Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa] para interrogá-lo e saber se foram comparsas também no caso do atentado no Pontal”, antecipou a autoridade policial.
O caso – Um homem foi morto na manhã de 10 de março deste ano, em um campo de futebol no bairro Pontal da Barra, na orla da Praia da Avenida, em Maceió. Outras duas pessoas ficaram feridas e foram socorridas ao Hospital Geral do Estado, no Trapiche da Barra.
O atentado aconteceu em um gramado, no momento que pessoas curtiam o momento de lazer e jogavam bola. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está investigando o caso.
Linhas de investigação – Um dia depois do atentado, a delegada Tacyane Ribeiro concedeu entrevista à TV Pajuçara, e explicou as linhas de investigação. Ela comentou que a rivalidade que envolve integrantes de um dos times pode ter motivado o atentado.
“O que foi apurado é que no mínimo quatro indivíduos chegaram em duas motos e passaram a atirar de modo aleatório. Naquele instante estava acontecendo uma partida de futebol entre o Palmeirinha e o Náutico, esses times são do Bom Parto. Sobre a motivação desse homicídio, o que se cogita é que o time do Palmeirinha não poderia estar ali no bairro do Pontal por pertencer a facção diversa daquele bairro e também há uma linha de investigação que os integrantes do time Palmeirinha teriam se envolvido em uma confusão, uma briga, há 15 dias no campo do Botinha, que fica no conjunto Virgem dos Pobres. Nós estamos trabalhando com duas hipóteses de linha de investigação”, afirmou.