O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, apresentou sua renúncia ao cargo de chefe de governo do país caribenho, disse o presidente da Comunidade do Caribe, deixando um cargo que ocupa desde o assassinato do último presidente do país, em 2021.
A renúncia ocorre depois que os líderes regionais se reuniram nesta segunda-feira (11), na vizinha Jamaica, para discutir uma estrutura para uma transição política, que os EUA pediram na semana passada para ser “acelerada” com a criação de um conselho presidencial.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta segunda que espera avançar na crise de segurança e humanitária que assola o Hait, em meio a reunião de emergência convocada pela Comunidade do Caribe (Caricom), em Kingston, na Jamaica.
Blinken afirmou que o momento é “crucial” para o Haiti, onde o aprofundamento da violência de gangues e grupos armados ameaçava derrubar o governo do impopular primeiro-ministro. Ariel Henry não conseguiu voltar ao país desde que saiu em viagem e a crise recrudesceu.
Blinken disse durante o encontro que Washington contribuiria com mais US$ 100 milhões para a missão multinacional destinada a restaurar a segurança no Haiti e aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, e mais US$ 33 milhões em ajuda humanitária ao Haiti.
“Todos sabemos que ação urgente é necessária tanto nas esferas política quanto de segurança”, disse Blinken durante a visita à Jamaica, acrescentando que o Haiti enfrenta uma “situação insustentável”.