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Chefe da diplomacia dos EUA vai a reunião de emergência discutir crise no Haiti – 11/03/2024 – Mundo

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira (11) que espera avançar na crise de segurança e humanitária que assola o Haitim, em meio a reunião de emergência convocada pela Comunidade do Caribe (Caricom), em Kingston, na Jamaica.

Blinken afirmou que o momento é “crucial” para o Haiti, onde o aprofundamento da violência de gangues e grupos armados ameaça derrubar o governo do impopular primeiro-ministro, Ariel Henry, que não consegue voltar ao país desde que saiu em viagem e a crise recrudesceu.

“Esperamos que haja progresso no Haiti”, disse ele antes de uma reunião com o primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness.

O Departamento de Estado americano afirmou em comunicado que Blinken iria “discutir uma proposta desenvolvida pela Caricom e partes interessadas haitianas para acelerar uma transição política no Haiti por meio da criação de um colégio presidencial amplo e independente”, em referência a um comitê proposto que supervisionaria o Haiti antes das eleições.

O comunicado não identificou quem eram as partes interessadas haitianas e não detalhou a proposta.

Blinken também participa de discussão sobre a missão multinacional destinada a restaurar a segurança no Haiti aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e que será liderada pelo Quênia.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que Washington busca acelerar o envio da missão, solicitado pelo primeiro-ministro do Haiti em 2022 e que hoje enfrenta impasse político no Quênia e pouco apoio internacional para que seja operacionalizada.

A ONU estima que centenas de milhares foram deslocados e milhares mortos no Haiti em meio à grave crise de segurança, com relatos generalizados de estupro, tortura e sequestros desde 2021.

O Haiti entrou em estado de emergência no dia 3 de março. Confrontos levaram a duas fugas de prisão depois que Jimmy “Barbecue” Cherizier, líder de uma aliança de grupos armados, disse que as gangues se uniriam para derrubar Henry.

O premiê não foi eleito, e chegou ao poder em 2021 após o assassinato do então presidente Jovenel Moïse. Nesta segunda, ele se encontra em Porto Rico, território americano no Caribe. Washington pressionou Henry na semana passada para que uma transição de governo fosse acelerada.

No domingo, as forças armadas dos EUA retiraram funcionários não essenciais e reforçaram a segurança na embaixada do país em Porto Príncipe.

Uma autoridade sênior do Departamento de Estado afirma que funcionários do governo americano têm trabalhado com países da região para estabelecer um comitê de transição que seria responsável por supervisionar a força multinacional aprovada pela ONU e abriria caminho para as primeiras eleições desde 2016 no Haiti.

Fonte: Folha de São Paulo

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