Felipão não se abalou ao ser alvo de xingamentos da torcida do Atlético-MG no empate por 1 a 1 contra o América-MG, neste sábado (24), em clássico válido pelo Campeonato Mineiro. O treinador ouviu ofensas em pelo menos dois momentos do jogo. Após a partida, disse ver esse tratamento com naturalidade, mas impôs um limite….
Felipão não se abalou ao ser alvo de xingamentos da torcida do Atlético-MG no empate por 1 a 1 contra o América-MG, neste sábado (24), em clássico válido pelo Campeonato Mineiro. O treinador ouviu ofensas em pelo menos dois momentos do jogo. Após a partida, disse ver esse tratamento com naturalidade, mas impôs um limite.
“É natural. Eles (torcedores) pagaram, fizeram a parte deles, escolhem o que vão dizer a mim. Eles pagam para isso. Quando não pagam para isso eu não aceito. Sou uma pessoa fora de campo, não aceito. Aqui aceito qualquer coisa. Fora de campo não aceito, não, sou uma pessoa normal, comum”, disse, em entrevista coletiva.
O técnico se referiu a um episódio ocorrido no último fim de semana, na chegada da equipe em Belo Horizonte após vitória sobre o Itabirito. Vídeos nas redes sociais mostraram um entrevero entre o profissional e um torcedor, que o acusou de ter sido xingado após pedir, aos gritos, espaço para o jovem Alisson.
Felipão foi defendido publicamente por Victor, novo diretor executivo de futebol. O ídolo do clube afirmou que conhece o caráter e os valores do treinador.
Como restaurar a confiança no treinador?
Há uma maneira para que os torcedores restaurem a confiança no trabalho de Felipão, segundo o próprio treinador: vencer. E o empate, na visão dele, veio após uma boa atuação, mesmo com as críticas.
“No futebol e na vida é isso. Quem vence é visto de uma forma diferente. Tem de ganhar. Estamos fazendo um trabalho para conseguir vencer. Acho que foi um bonito jogo e estou muito satisfeito. Mais até do que, quem sabe, já estive em alguma vitória neste campeonato”, disse.
“Eu vejo esse jogo como muito bom. Não posso mudar o que a torcida entende ou quer. Eu só faço minha parte e acho que estamos no caminho certo. Mas cada um que paga ingresso tem direito de opinar — quem não paga, não tem. Eu aceito a opinião de todos, ouço, e vou trabalhar dentro dos meus padrões”, reiterou.