O príncipe William endossou nesta terça-feira (20) os pedidos para que Israel interrompa “o mais rápido possível” a guerra na Faixa de Gaza. Segundo o britânico, o primeiro na linha de sucessão ao trono do Reino Unido, “muitas pessoas” foram mortas em pouco mais de quatro meses de conflitos.
“Continuo profundamente preocupado com o terrível custo humano do conflito no Oriente Médio desde o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. Muitas pessoas foram mortas”, disse. “Eu, como outros, quero ver o fim dos combates o mais rápido possível. Há uma necessidade desesperadora de aumentar o apoio humanitário a Gaza. É fundamental que a ajuda chegue e que os reféns sejam libertados.”
Trata-se de uma rara manifestação política feita pela realeza britânica. O príncipe William fez os comentários no mesmo dia em que visitou instituições de caridade em Londres que, segundo seu gabinete, atuam para amenizar o “sofrimento humano” causado pelo conflito no Oriente Médio.
William, que em 2018 se tornou o primeiro membro da realeza britânica a fazer uma visita oficial a Israel e aos territórios palestinos ocupados, visitará na próxima semana uma sinagoga para dialogar com jovens envolvidos no combate ao ódio e ao antissemitismo.
Com seu pai, o rei Charles, atualmente ausente de funções públicas oficiais enquanto se submete a um tratamento contra o câncer, espera-se que William assuma mais compromissos reais e considerados de alto nível.
Os apelos globais pelo fim dos combates em Gaza aumentaram nas últimas semanas, enquanto Israel se prepara para expandir seu ataque terrestre na cidade de Rafah, ao sul, onde metade dos 2,3 milhões de palestinos em Gaza buscaram abrigo.
“Às vezes, é somente quando nos deparamos com a escala do sofrimento humano que percebemos a importância da paz permanente”, disse William.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e fazendo 253 reféns, de acordo com os registros israelenses. Desde então, a resposta militar israelense resultou na morte de mais de 29.000 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde palestinas.