A morte do advogado e ativista Alexei Navalni, anunciada pelo Serviço Federal Prisional da Rússia na sexta-feira (16), abre uma incógnita no futuro da oposição a Vladimir Putin, a menos de um mês das eleições presidenciais no país. O pleito deve reconduzir o político a mais um mandato, sem um rival real na urna.
Navalni cumpria pena de 30 anos, por condenações variadas, e estava detido desde 2021, quando voltou à Rússia após ser tratado na Alemanha de um envenenamento. Ainda que estivesse proibido de se candidatar e não fosse favorito em pesquisas de intenção de voto, tinha popularidade para galvanizar críticos a Putin e virou ícone no Ocidente.
A família do ativista e líderes como o americano Joe Biden atribuíram a responsabilidade pela morte dele ao Kremlin, como tinham feito com o envenenamento. O caso de Navalni se soma a uma série de outros —em especial desde o início da Guerra da Ucrânia— envolvendo ativistas, políticos e empresários, cujas circunstâncias permanecem obscuras.
O Café da Manhã desta segunda-feira (19) discute o que representa a morte de Alexei Navalni para a oposição a Putin. O repórter da Folha Igor Gielow analisa o futuro da política no país a um mês das eleições.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann e Raphael Concli.