A Vigilância Sanitária de Maceió fez uma alerta, nesta quarta-feira, 31, sobre a utilização de receitas falsas na compra de medicamentos controlados. Em entrevista ao Fique Alerta, o chefe especial da Vigilância Sanitária da capital, Airton Santos, afirmou que essas receitas são um risco à saúde pública e que se enquadram em caso de investigação policial.
Segundo Airton, uma Resolução da Diretoria Colegiada, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 1998, determina que todas as farmácias de Maceió, que são quase mil unidades, precisam mandar o mapa de controle de medicamentos controlados mensalmente para o órgão de controle.
“Isso é risco sanitário, risco à saúde pública. Essas receitas aqui têm uma diferença muito grande entre uma e outra. Uma tem a marca d’água, o desenho do mapa de Alagoas, e a outra é praticamente lisa, sem nada. Vamos tomar as devidas providências comunicando a VISA estadual. Tenho certeza que toda equipe lá vai se empenhar em relação a isso. Envolve também assinatura do médico, que deve ser falso, essas receitas supostamente falsas deverão ser periciadas. Isso é caso de polícia. Portanto, a VISA não permite esse tipo de comercialização”.
Uma reunião com gerentes de farmácias, proprietários e responsáveis técnicos está marcada para a próxima sexta-feira, 2. “Vamos falar com todas as farmácias de Maceió para que alinhemos e trabalhemos em parceria. Não queremos prejudicar segmento nenhum aqui na VISA, mas não vamos admitir esse tipo de comercialização”, avisou Airton Santos.
O Secretário do Conselho Regional de Medicina, Fernando Pedrosa, também alertou para o uso indevido de carimbos com nomes e identificações de profissionais da medicina.
“É preciso muito cuidado para quem recebe a receita médica, pois tem os indicativos previstos que o farmacêutico conhece muito bem. Observar o indicativo de falsidade ou suspeita. Isso é possível ser feito pela forma da receita, pelo carimbo, pela assinatura. Quando o carimbo falso ou roubado, furtado dos médicos, recomendamos que o médico faça um Boletim de Ocorrência. Isso deveria ficar disponível nos órgãos de segurança com acesso às farmácias e drogarias”.
