A noite deste sábado (20) marca a estreia do São Paulo na temporada 2024. Diante de um provável bom público no Morumbis, o atual campeão da Copa do Brasil recebe o Santo André, às 20h (de Brasília), pela primeira rodada do Campeonato Paulista. Além da expectativa natural para uma primeira partida no ano, o confronto…
A noite deste sábado (20) marca a estreia do São Paulo na temporada 2024. Diante de um provável bom público no Morumbis, o atual campeão da Copa do Brasil recebe o Santo André, às 20h (de Brasília), pela primeira rodada do Campeonato Paulista.
Além da expectativa natural para uma primeira partida no ano, o confronto é repleto de novidades do lado tricolor, que estreia o técnico Thiago Carpini. O jovem de 39 anos substitui Dorival Júnior, que aceitou o convite para assumir a seleção brasileira.
Em sua primeira chance em uma equipe grande, Carpini é somente um dos pontos que merecem atenção do torcedor são-paulino neste sábado. Abaixo, o ESPN.com.br lista cinco situações que valem a pena prestar atenção na partida inaugural da temporada, até para entender o que pode vir pela frente no futuro próximo.
Reforços na briga por espaço
Após uma reformulação intensa para a atual temporada, quando negociou a saída de 13 jogadores, o São Paulo enxugou seu elenco, mas ainda assim abriu espaço para caras novas. Chegaram ao clube quatro reforços: os volantes Bobadilla e Luiz Gustavo e os atacantes Erick e Ferreirinha.
Todos estão inscritos e portanto aptos para atuar contra o Santo André, mas nada indica que os quatro serão titulares logo de cara. Ao contrário: a tendência é que todos eles comecem no banco de reservas, a fim de privilegiar a base que terminou 2023 no clube e, portanto, tem o entrosamento a seu favor.
Mas, ainda que não comece jogando, o quarteto desperta curiosidade. Ex-jogador do Bayern de Munique e de seleção brasileira, Luiz Gustavo pode formar uma dupla de marcação no meio-campo ou atuar na zaga. Bobadilla, que se destacou no Cerro Porteño, disputará espaço com Alisson na função de segundo volante.
No ataque, Erick e Ferreira são apostas para resolver um problema que o São Paulo tem há tempos: falta de velocidade no ataque. A dupla se sente à vontade atuando pelas pontas, o que obrigaria uma briga com Lucas Moura, Wellington Rato, Michel Araújo e outros capazes de atuar na função.
Volta dos que não foram
Olhar atento para dois nomes que criaram ansiedade ao longo de todo o segundo semestre de 2023: Igor Vinícius e Giuliano Galoppo.
O lateral-direito não atua há exatamente um ano, desde 19 de janeiro de 2023, quando saiu machucado da vitória por 2 a 1 sobre a Ferroviária, em Araraquara. Uma lesão persistente no púbis obrigou Igor a passar por cirurgia e enfrentar uma lenta recuperação. Agora, com Rafinha ainda fora de forma, o camisa 2 tem a oportunidade de embalar uma sequência que não consegue há muito tempo.
Galoppo também não sabe o que é disputar um jogo oficial há tempos, desde 13 de março, dia em que saiu machucado na eliminação no Paulista para o Água Santa, à época comandado por Carpini. Xodó da torcida, o argentino também teve que ser operado, por conta de uma lesão séria no joelho esquerdo, e agora está devidamente recuperado. Possivelmente será reserva contra o Santo André, mas vai competir por um lugar no meio-campo.
Retorno de Calleri
Quem também não entra em campo há tempos com a camisa são-paulina é o grande ídolo do elenco atual. Calleri jogou pela última vez em 30 de setembro, quando marcou os dois gols da vitória tricolor por 2 a 1 sobre o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro.
Depois de decidir o Majestoso, o camisa 9 passou por uma artroscopia no tornozelo direito, que já o limitava há tempos, e usou a reta final do ano passado e a pré-temporada para recuperar devidamente a forma, após um 2023 muito desgastante e longe das condições ideais.
Sem Calleri, o São Paulo teve imensas dificuldades ofensivas, a ponto de não conseguir estabelecer um novo centroavante confiável. A expectativa é que o argentino tome conta da posição como em outros tempos e resolve de vez o problema da posição.
E o James Rodríguez?
Depois de uma janela com especulações sobre o futuro, criadas, é verdade, a partir de uma entrevista dada pelo próprio colombiano, James Rodríguez começa o ano como peça importante do elenco do São Paulo. Mas ainda não terá uma sequência como titular
Ausente do último treino antes da estreia, o camisa 19 ainda não sabe se terá condições de enfrentar o Santo André. Caso seja relacionado, a tendência é que o meia comece no banco de reservas, para que Wellington Rato, Luciano e Lucas Moura formem a trinca de armadores, atrás de Calleri.
James tem recebido elogios da comissão técnica de Carpini e também de dirigentes, como o coordenador de futebol Muricy Ramalho. A expectativa no Morumbis é grande para que o colombiano de fato exploda em 2024. O encaixe na filosofia de Carpini vai ser determinante para saber o quanto ele será aproveitado ou não.
Novo esquema tático
O quinto e último ponto a prestar atenção no primeiro jogo do São Paulo em 2024 é a formatação tática que Thiago Carpini pretende colocar em prática na equipe.
Em 2023, o Tricolor se consolidou no esquema 4-4-2 adotado por Dorival Júnior, com dois volantes (Pablo Maia e Alisson) pelo centro e dois meias (Rato e Rodrigo Nestor) abertos pelos lados, oferecendo apoio à dupla de ataque (preferencialmente Lucas e Calleri). Foi assim que o time viveu seu grande momento, que culminou com o inédito título da Copa do Brasil, em setembro.
Pela preferência de Carpini, o São Paulo deve iniciar o Paulistão em um modelo parecido, mas no 4-2-3-1. Nele, há uma trinca de meias articulares que dão apoio a Calleri, atacante mais adiantado do time.
Como Nestor ainda não está à disposição, a tendência é que Lucas exerça a função pela esquerda, enquanto Luciano tenha a função de ser o armador mais centralizado.