Cinco meses após ser demitida da seleção brasileira, a técnica Pia Sundhage desabafou sobre a saída. Em entrevista ao GE, a treinadora, que foi anunciada nesta semana como nova comandante da Suíça, disse que ainda está “muito triste” com tudo o que ocorreu. Ela não deu detalhes do que aconteceu na reunião em que foi…
Pia Sundhage e Ednaldo Rodrigues antes da disputa da Finalíssima, em Londres
Cinco meses após ser demitida da seleção brasileira, a técnica Pia Sundhage desabafou sobre a saída.
Em entrevista ao GE, a treinadora, que foi anunciada nesta semana como nova comandante da Suíça, disse que ainda está “muito triste” com tudo o que ocorreu.
Ela não deu detalhes do que aconteceu na reunião em que foi comunicada da demissão pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues. No entanto, chamou o processo de “cruel”.
Pia ainda assegurou que não tinha qualquer intenção de deixar o cargo, apesar do vexame na Copa do Mundo feminina do ano passado.
“Eu estava determinada a continuar e cumprir meu contrato até as Olimpíadas. Primeiro de tudo porque foi uma jornada fantástica. Aprendi muitas coisas em uma cultura diferente, com diferentes jogadoras. Claro que foi devastador que não marcamos gols (contra a Jamaica, na Copa). Gostaria de ter continuado para provar que esse time é muito melhor quando se fala de resultados, deveriam vencer a Copa do Mundo”, afirmou.
“Continuar a analisar a Copa do Mundo porque estávamos tentando preparar para as Olimpíadas, o que precisávamos fazer e colocar mais horas (treinos) no ataque. Como você sabe, tive um encontro com o presidente (da CBF, Ednaldo Rodrigues) e ele só me demitiu”, seguiu.
“Para mostrar respeito sobre essa conversa (com Ednaldo)… Sabe, ‘você não está vencendo, você não vai continuar’. Não foi o que foi dito naquela sala. Foi cruel”, lamentou.
“(Havia na reunião) Três pessoas e o presidente. Para mostrar respeito por essa pequena reunião eu não vou revelar o que foi dito. Eu sinto muito e fico triste que aconteceu”, complementou.
Questionada se recebeu os pagamentos referentes à sua rescisão antecipada de contrato, a sueca preferiu não polemizar.
“Não tenho comentários sobre isso”, limitou-se a dizer.
Procurada, a CBF se posicionou sobre as falas de Pia Sundage por nota oficial. Confira:
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deseja toda sorte à treinadora Pia em seu novo desafio à frente da seleção da Suíça.
Pia desempenhou um importante papel em sua passagem pela entidade que, no último Mundial, em 2023, fez o maior investimento da história do futebol feminino brasileiro na preparação para uma competição.
Com seu trabalho, ela foi fundamental no desenvolvimento do futebol feminino e deixou seu legado para o esporte no Brasil.
Sobre as demais informações não esclarecidas, a CBF não tem o que comentar.
