O acirramento das tensões no mar Vermelho teve novos desdobramentos nesta quarta-feira (17), com um ataque de drone a um navio com bandeira das Ilhas Marshall e o anúncio dos Estados Unidos de que voltarão a designar o grupo houthi como terrorista. Washington já fez bombardeios a posições dos rebeldes em retaliação a uma declaração de guerra a embarcações americanas.
A situação se tornou um dos principais focos de atenção no Oriente Médio, pelos potenciais efeitos que pode ter na guerra entre Israel e Hamas. Os houthis, que hoje controlam partes estratégicas do Iêmen, são apoiados pelo Irã e aliados do grupo terrorista palestino e do Hezbollah libanês —Tel Aviv chama as facções de “eixo da resistência”. Os ataques dos rebeldes a embarcações são uma resposta à ofensiva israelense em Gaza.
Um segundo temor que tem se acentuado é econômico. Empresas de transporte e petroleiras têm desviado navios das rotas da região, por onde passa 15% do comércio marítimo do mundo. Além de empreender ações militares contra os houthis, os EUA lideram uma força-tarefa para proteger embarcações.
O Café da Manhã desta quinta-feira (18) explica o aumento da tensão no mar Vermelho. O repórter da Folha Igor Gielow analisa a possibilidade de a situação representar uma escalada da guerra no Oriente Médio.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.