O presidente recém-empossado da Guatemala, Bernardo Arévalo, agradeceu pessoalmente a integrantes da diplomacia brasileira pela atuação do país na contenção da crise institucional que ameaçou a sua chegada ao poder.
A esses interlocutores, o novo mandatário elogiou o tom adotado pelo Brasil junto à OEA (Organização dos Estados Americanos) ao longo dos últimos meses, considerado fundamental para evitar que o problema se agravasse —e até mesmo para evitar que a Guatemala se tornasse alvo de severas sanções.
Sociólogo e ex-diplomata, Arévalo tomou posse na madrugada de segunda-feira (15) após horas de atraso e uma cerimônia marcada por temores de ruptura. Embaixadores e representantes de delegações estrangeiras chegaram a emitir uma nota de última hora para reafirmar o apoio ao presidente eleito e ao processo democrático.
“Fazemos um chamado ao Congresso da República a cumprir com seu mandato constitucional de entregar o poder como exige a Constituição, no dia de hoje, ao presidente eleito”, dizia o texto. O vice-presidente Geraldo Alckmin, presente à solenidade, foi um dos signatários.
Sob a liderança do embaixador Benoni Belli, representante permanente do Brasil junto à OEA, a diplomacia brasileira vinha acompanhando as investidas judiciais contra o processo eleitoral guatemalteco desde o princípio.
Para a OEA, o pleito ocorreu de forma transparente, justa e sem nenhum tipo de fraude, e estava claro que havia uma tentativa, por parte do Ministério Público local e de alguns magistrados, de usar instrumentos legais para reverter o resultado.
Ao longo de 11 sessões do Conselho Permanente da OEA, órgão formado por embaixadores dos Estados membros, foram discutidas diversas medidas e respostas para conter a crise institucional. Países como EUA, Colômbia e Antígua e Barbuda, a princípio, estavam inclinados a adotar uma postura mais incisiva, incluindo ameaças de sanções à Guatemala. A visão brasileira, contudo, acabou prevalecendo.
Diplomatas familiarizados com as tratativas relatam à coluna que o Brasil adotou uma perspectiva mais gradual, defendendo que a pressão sobre o país centro-americano deveria aumentar à medida que os fatos ocorressem, como uma forma de manter um canal de diálogo aberto com as partes envolvidas.
No dia de sua posse, Arévalo afirmou a interlocutores que a estratégia brasileira de ir calibrando a pressão foi importante para o resultado alcançado, dizendo que “não se pode queimar toda a pólvora na OEA de uma só vez”, segundo relatos.
Apesar das divergências expressadas nas mesas de negociações, o grau inédito de convergência nas votações das resoluções para a Guatemala acabou surpreendendo, tendo o condão de unir desafetos em torno de um mesmo texto.
Em 12 de dezembro do ano passado, por exemplo, apenas a Guatemala, então comandada pelo agora ex-presidente direitista Alejandro Giammattei, votou contra a resolução do Conselho Permanente da OEA sobre a crise.
O documento citava “um contexto de seguidas tentativas de interromper a transição pacífica do poder” e condenava “o contínuo abuso de poder público por parte do Ministério Público e outras autoridades públicas” do país centro-americano.
TELONA
A diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Sousa, seu pai, o quadrinista Mauricio de Sousa, e a atriz Sophia Valverde receberam convidados na pré-estreia do filme “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo” no Cinépolis do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, na noite de segunda (15). Sophia dá vida à personagem Mônica no longa, que é dirigido por Mauricio Eça e conta também com a atriz Carol Roberto no elenco, como intérprete de Milena. O empresário Mauro Sousa, filho do desenhista criador da Turma, prestigiou o evento ao lado do marido, Rafael Piccin.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou GEOVANA OLIVEIRA
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