O presidente do Equador, Daniel Noboa, assinou novo decreto nesta terça-feira (9) em que reconhece estado de “conflito armado interno” no país, lista e identifica 22 organizações criminosas como terroristas e ordena às Forças Amadas executar operações “para neutralizar” os grupos nomeados.
Entre essas facções está a Choneros, cujo líder, Fito, fugiu da prisão no domingo (7) e levou Noboa a decretar estado de exceção por 60 dias no Equador nesta segunda (8)— o novo decreto revisa este.
Os episódios desembocaram na noite desta segunda e madrugada de terça, quando o país viveu uma “noite de terror“, conforme descrição da imprensa local. Quatro policiais foram sequestrados e carros-bomba e outros explosivos foram detonados em atos aparentemente semelhantes em que não houve vítimas.
Os sequestros ocorreram após Noboa, que enfrenta a primeira crise desde que assumiu a Presidência em novembro, decretar um estado de exceção de 60 dias em todo o país. A medida inclui um toque de recolher de seis horas entre 23h e 5h.
Segundo o presidente, o estado de exceção permitirá que as Forças Armadas intervenham no sistema prisional equatoriano. “Não negociaremos com terroristas nem descansaremos enquanto não devolvermos a paz aos equatorianos”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.
Na tarde desta terça, criminosos encapuzados invadiram a emissora TC, na cidade portuária de Guayaquil, e renderam apresentador e funcionários com armas e granadas em mãos.