Em editorial, a inglesa The Economist anuncia seu “país do ano”, a Grécia, que mostrou que “o centro pode se segurar”, ao reeleger o governo de centro-direita. Outros dois, Brasil e Polônia, também “se destacam por voltar à moderação após caminhar no lado selvagem”.
Lula, “de centro-esquerda”, retornou depois de Jair Bolsonaro “espalhar teorias de conspiração, recusar-se a aceitar sua derrota” etc. “O novo governo rapidamente restaurou a normalidade”, mas “o Brasil perdeu o prêmio” devido ao “hábito de Lula de se achegar” ao russo Vladimir Putin e ao venezuelano Nicolás Maduro.
A Bloomberg vai fechando o ano com diversos enunciados positivos sobre o país, sendo o mais recente “Congresso deixa Haddad mais perto de déficit fiscal zero em 2024” (acima), nova “vitória” do ministro da Fazenda no esforço para cumprir a “promessa”.
Na China, a atenção foi para a elevação da nota de crédito do país pela S&P Global, noticiada pela agência Xinhua e reproduzida amplamente, inclusive pelo Renmin Ribao (Diário do Povo). No portal Baijiahao, do Baidu, com foto de Fernando Haddad, “ministro diz que sinal é importante, há muitas razões para otimismo”.
Da TV Brics, sediada na Rússia, ao argentino La Nación, outro destaque econômico de fim de ano é a projeção do crescimento do PIB pelo FMI. Está levando a títulos como “Lula comemora: Brasil ultrapassa Canadá e se torna a nona maior economia do mundo”.
PONTO DE INFLEXÃO
A cobertura do país neste fim de ano parece ter sido influenciada pela reforma tributária, que “vai simplificar um dos mais complexos regimes do mundo”, na avaliação do Financial Times (reprodução abaixo, com foto de Lula e Haddad).
No financeiro japonês Nikkei, dono do FT, é uma “simplificação para ajudar a impulsionar a economia”. Para o francês Le Figaro, é “uma grande reforma, uma vitória política do presidente de esquerda e um ponto de inflexão para a maior economia da América Latina”.
Na colombiana Semana, no argentino Ámbito Financiero e até no cubano Juventud Rebelde, “vitória política de Lula da Silva”. Segundo a revista, é uma reforma que “diferentes governos tentaram, sem sucesso, desde o fim da ditadura militar”.
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