O Ministério da Educação decidiu atender parcialmente os pedidos de entidades de educação e diminuir a carga horária destinada a matérias básicas no novo ensino médio para alunos que optarem por fazer um curso técnico. O texto final com o pedido de alteração em lei será enviado pelo MEC para a aprovação do Congresso Nacional no começo de setembro.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira (28) o Ministério da Educação se reuniu, mais uma vez, com secretários de educação, professores e conselheiros para debater sobre o novo ensino médio. No encontro, um dos assuntos discutidos foi a carga horária exigida pelos cursos técnicos.
No novo ensino médio, os alunos estudarão obrigatoriamente algumas matérias e poderão optar por outras, de acordo com interesse deles. A ideia do MEC é oferecer três itinerários para os alunos: 1) linguagens, matemática e ciências da natureza; 2) linguagens, matemática e ciências humanas e sociais ou 3) formação técnica e profissional.
Das 3 mil horas que devem ser destinadas ao ensino médio, a proposta inicial – para os alunos que optarem pela formação profissional – era que 2.400 horas fossem destinadas a matérias básicas – português, matemática, história, geografia, entre outras – e 600 horas para a formação de ensino técnico. Porém, o tempo gasto em 65% dos cursos técnicos oferecidos no país é de 1.200 horas. Por isso, o MEC fez uma alteração para que, neste itinerário, os estudantes dediquem 800 horas para as aulas técnicas e 2.100 horas para as matérias básicas.
A outra saída seria as escolas oferecerem ensino integral ao invés de apenas um turno. Porém, a solução demanda mais gastos para as escolas que precisarão investir em mais estrutura, custando quase o dobro de valor por aluno.