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Pessoas pretas têm rendimento quase R$ 500 menor do que as brancas na PB, aponta IBGE

A população de pessoas pretas tem um rendimento médio mensal quase R$ 500 menor que o das pessoas brancas. De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), publicada pelo IBGE nesta quinta-feira (7), enquanto o primeiro grupo possui ganhos médios de R$ 791, o segundo recebe R$ 1.251, representando uma diferença de R$ 460. Os dados divulgados registram desigualdades relativas aos rendimentos no Brasil e nas unidades da federação no ano de 2022.

Em relação a desigualdade de gênero, os homens paraibanos tinham rendimentos médios de R$ 1.107 mensais, enquanto as mulheres R$ 1.066. As mulheres negras possuem rendimentos médio mensal de R$ 987,23, um valor 22,6% menor do que o rendimento dos homens brancos, de R$ 1.275. A desigualdade entre homens brancos e mulheres negras é de R$ 287,77.

Considerando todo o Brasil, o rendimento médio do homem branco era de R$ 2.167, enquanto para a mulher preta ou parda esse valor ficava em R$ 1.117, que representava um rendimento 48,4% menor para este último grupo.

A maior desigualdade de rendimento do país

O rendimento mensal domiciliar per capita paraibano foi de R$ 1.086, o 9º menor do país. O resultado da Paraíba ficou um pouco maior que a média do regional (R$ 1.011), mas inferior a nacional (R$ 1.586).

O levantamento também destacou a desigualdade de classes em relação ao rendimento domiciliar per capita. De acordo com os dados, 79,2% do total da população paraibana com rendimento em 2022 (3,2 milhões de pessoas), residia em lares com rendimento domiciliar per capita de até 1 salário mínimo, enquanto apenas 1,2% da população (cerca de 48,7 mil pessoas) tinha rendimento per capita maior que 5 salários mínimos.

Para o Nordeste, as proporções ficavam em 77,3% e 1,4%, respectivamente, enquanto para o Brasil, as taxas ficavam em 58,85 e 3,4%.

A maior desigualdade de rendimento domiciliar per capita do país foi constatada após a Paraíba obter o maior Índice de Gini, sendo 0,558. O resultado ficou acima da média do Nordeste (0,517) e do Brasil (0,518).

O indicador mede a concentração de renda e a desigualdade econômica, de forma que quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade. Quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade de renda entre a população.

11% da população está em pobreza extrema

Outro indicador analisado foi a pobreza monetária, que se refere a insuficiência de rendimentos das famílias para provisão de seu bem-estar.

Foi constatado que 11,1% da população paraibana estava na condição de extrema pobreza, a 7ª maior taxa dentre as unidades da federação, ficando abaixo apenas do Maranhão (15%), Acre (14%), Alagoas (13,1), Bahia (11,9%), Pernambuco (11,7%) e Piauí (11,6%).

O resultado foi mais que o dobro da média verificada para o Brasil (5,9%), sendo levemente inferior à média regional (11,8%).



Fonte: Portal Nordeste

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