O ex-ditador do Peru Alberto Fujimori, 85, que cumpria pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade devido a abusos de direitos humanos cometidos durante seu governo nos anos 1990, foi libertado na noite desta quarta-feira (6).
Um dia antes, na terça (5), o Tribunal Constitucional peruano havia ordenado a soltura imediata do ex-líder. A corte justificou sua liberação devido a razões humanitárias, ainda que tenha sido alvo de críticas de mecanismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, e de familiares das vítimas do regime de Fujimori.
A imprensa local divulgou imagens do ex-ditador deixando a prisão e entrando em um carro pouco após o Instituto Penitenciário Estatal peruano anunciar sua soltura. Ao todo, ele cumpriu pena de prisão de cerca de 16 anos após ser extraditado do Chile em 2007.
Não é a primeira vez que o ex-líder consegue decisão favorável. Ele recebeu um indulto humanitário em 2017 pelo então presidente Pedro Pablo Kuczynski, conhecido como PPK, após pressão política de deputados aliados do seu filho. A decisão, porém, foi revogada pela Justiça no ano seguinte, e ele voltou à prisão em janeiro de 2019.