A Casa Branca ainda não emitiu um comunicado oficial sobre a morte de Henry Kissinger, nome fundamental para a política externa americana nas últimas décadas, na noite desta quarta (29).
Questionado por uma repórter sobre o silêncio do presidente Joe Biden durante coletiva de imprensa nesta terça, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, respondeu: “Eu não faria nenhuma interpretação disso”.
Um pouco antes, ele comentou a morte do antigo secretário de Estado americano, mas não por iniciativa própria —um repórter pediu que ele comentasse o fato e o significado de Kissinger para a administração Biden.
“É uma grande perda. Ele foi um homem que, você concorde com ele ou não, compartilhe as mesmas visões que ele ou não, serviu na Segunda Guerra Mundial, serviu seu país corajosamente em uniforme, e por décadas depois disso”, afirmou, depois de expressas condolências à família.
“Todos nós podemos ser gratos por seu serviço público. Não há dúvida de que ele moldou decisões de política externa por décadas e teve um impacto no papel que a América desempenha no mundo”, completou.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, não citou Kissinger durante a coletiva —que ocorre praticamente todos os dias e na qual o governo se manifesta sobre diversos temas.
O Departamento de Estado, por sua vez, divulgou uma nota por volta das 12h (horário local, às 14h no horário de Brasília). Assinada pelo secretário Antony Blinken, o texto destaca várias reflexões sobre política externa feitas pelo antigo chefe da pasta.
“Como secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional, Henry tomou diversas decisões que mudaram a história. Servir como o principal diplomata da América hoje é se mover em um mundo que carrega a digital de Henry —das relações que ele fomentou às ferramentas que ele desenvolveu e à arquitetura que ele construiu”, afirma o texto.
Blinken destaca ainda que, já no cargo, buscou conselhos de Kissinger para a formulação da política americana para inteligência artificial.