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Apenas 14% dos eleitores nos EUA dizem que vida financeira melhorou sob Biden – 13/11/2023 – Mundo

Apenas 14% dos eleitores americanos acreditam que estão financeiramente melhores agora do que quando Joe Biden assumiu o cargo, no mais recente sinal de que o desempenho econômico do presidente pode prejudicar suas perspectivas de reeleição.

Uma nova pesquisa mensal nos Estados Unidos, realizada para o Financial Times e a Ross School of Business da Universidade de Michigan, constatou que quase 70% dos eleitores acham que as políticas econômicas de Biden prejudicaram a economia dos EUA ou não tiveram impacto, incluindo 33% que disseram acreditar que as políticas do presidente “prejudicaram muito a economia”. Apenas 26% afirmaram que as políticas do democrata ajudaram.

A pesquisa buscará acompanhar como o sentimento econômico afeta a corrida pela Casa Branca. Em 1980, o republicano Ronald Reagan perguntou a eleitores se estavam melhores do que quatro anos antes, preparando o terreno para a vitória esmagadora sobre o democrata Jimmy Carter.

Uma pesquisa semelhante realizada para o Financial Times há quatro anos mostrou que a maioria dos americanos sentia que não havia melhorado sua posição financeira sob o então presidente Donald Trump —seu pessimismo, no entanto, era muito menos pronunciado. Em novembro de 2019, apenas 35% dos eleitores acreditavam estar melhor sob Trump, enquanto 31% disseram estar pior.

Os novos resultados da pesquisa mostram que a inflação ainda prejudica os esforços da campanha de Biden para convencer os eleitores sobre a “Bidenomics“, nome dado à estratégia do presidente para rejuvenescer o setor industrial do país e reverter anos de estagnação dos salários da classe média.

Perguntados sobre a fonte de seu maior problema financeiro, 82% dos entrevistados respondem que são os aumentos de preços. Três quartos dos entrevistados afirmam que os preços em alta representam a ameaça mais significativa à economia dos Estados Unidos para os próximos seis meses.

“Todos os grupos —democratas, republicanos e independentes— listam a inflação como de longe a maior ameaça econômica e a maior fonte de estresse financeiro”, diz Erik Gordon, professor da Ross School, em Michigan. “Isso é uma má notícia para Biden, ainda mais considerando o quão pouco ele pode fazer para reverter a percepção dos preços antes do dia da eleição.”

A inflação tem sido um problema persistente durante os três anos de mandato de Biden, e embora o aumento de preços tenha diminuído em relação ao pico anual de 9,1% do ano passado, os últimos dados oficiais mostram que o índice de preços ao consumidor subiu 3,7% em setembro em comparação com o mesmo período do ano passado, bem acima da meta de 2% do Fed, o banco central americano.

Em resposta às pressões inflacionárias, 65% dos eleitores dizem que reduziram gastos não essenciais, como férias ou refeições fora de casa, enquanto 52% afirmam que diminuíram gastos com alimentos ou outras necessidades diárias.

A visão negativa do desempenho econômico da Casa Branca ocorre apesar do crescimento recorde de empregos e quase três anos de expansão econômica sob Biden. Aliados políticos do presidente acreditam que os eleitores ainda podem ser conquistados à medida que a campanha se intensifica e mais americanos examinam suas conquistas.

Mais da metade dos entrevistados (52%) dizem que ouviram “pouco” ou “nada” sobre o que o presidente estava fazendo para tentar melhorar a economia.

A pesquisa FT-Michigan Ross vem logo após outras pesquisas nacionais que mostram que Biden perderia para Trump em uma possível disputa eleitoral em 2024.

Isso levou alguns democratas a questionarem se Biden deveria ser o candidato presidencial do partido, mesmo que a legenda tenha recebido impulso nas eleições da semana passada, com vitórias em disputas importantes nos estados de Kentucky, Virgínia e Ohio.

A pesquisa também mostra que apenas 40% dos eleitores registrados dizem aprovar o desempenho do trabalho de Biden, enquanto 59% desaprovam. Uma parcela ainda menor (36%) afirma aprovar sua gestão da economia, enquanto 61% desaprovam.

A pesquisa foi conduzida de forma online por estrategistas democratas do Global Strategy Group e pela empresa republicana de pesquisa North Star Opinion Research entre os dias 2 e 7 de novembro, com margem de erro de 3,1 pontos percentuais, para mais ou menos. Foram 1.004 eleitores registrados entrevistados em todo o país.

Fonte: Folha de São Paulo

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