As duas garotas de programa presas nessa sexta-feira (3) na cidade de Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, fazem parte de uma organização criminosa especializada em crimes de extorsão e roubo, que atuava no estado de Sergipe. De acordo com a Polícia Civil alagoana, as suspeitas, que são transsexuais, estariam associadas a outras três mulheres…
As duas garotas de programa presas nessa sexta-feira (3) na cidade de Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, fazem parte de uma organização criminosa especializada em crimes de extorsão e roubo, que atuava no estado de Sergipe.
De acordo com a Polícia Civil alagoana, as suspeitas, que são transsexuais, estariam associadas a outras três mulheres trans, que faziam programas em Aracaju e foram presas em Outubro deste ano pelos mesmos crimes, durante a operação Themis.
A PC sergipana relatou que iniciou as investigações no mês de abril e identificou diversas denúncias sobre os crimes praticados por elas naquele estado. A ação integrada entre as policias dos dois estados localizou as suspeitas em uma casa de prostituição na cidade alagoana, onde, provavelmente, fariam novas vítimas.
Segundo o delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol/PC/AL), que coordenou a ação, até o momento não foram registrados crimes em território alagoano, mas, provavelmente, isto aconteceria, caso elas não tivessem sido interceptadas graças à ação do setor de inteligência das policias dos dois estados.
Ao g1/SE a delegada Gissele Martins (PC/SE) afirmou que as garotas de programa agiam em grupo, por isso foram autuadas também por associação criminosa.
“Recebemos uma vítima narrando que, após o término de um programa, chegaram outras transexuais que começaram a extorqui-la. Eram quantias significativas que eram retiradas das contas das vítimas”, disse.
Martins contou ainda que outras profissionais do sexo fizeram pedidos de ajuda à Polícia Civil já que a ação das criminosas estaria afugentando e amedrontando clientes
Segundo relatado, as criminosas se aproveitavam dos programas que realizavam para filmar os clientes e transfomá-los em vítimas de extorsão depois. De posse das gravações as criminosas efetuavam saques nas contas bancárias das vítimas e passavam seus cartões de crédito em uma maquineta que possuíam.
Em alguns casos, após programas sexuais, as investigadas alegavam que precisavam de carona, momento em que outras envolvidas chegava, se aproximavam, constrangiam as vítimas e as ameaçavam, inclusive agindo com violência mediante uso de faca, para conseguir transferências PIX ou pagamentos.
A Polícia Civil, dos dois estados, solicita que informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido e a ligação é de graça.