O cônsul de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, afirmou que os presidentes da América Latina estão “mal informados” sobre o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Nesta semana, Lula (PT) e os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e Gustavo Petro, da Colômbia, usaram palavras duras para se referir aos bombardeios no território palestino.
LINHAS TORTAS
Lula, que já tinha definido o contra-ataque de Israel como “insanidade”, afirmou que o que ocorre no Oriente Médio “não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2.000 crianças”. Boric informou que, “diante da violação do Direito Internacional Humanitário”, estava chamando o embaixador de seu país em Israel para consultas. E Petro voltou a repetir que se trata de um “genocídio”. A Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel.
LINHAS 2
A coluna questionou Erdreich sobre as palavras dos mandatários do continente em uma entrevista coletiva que ele concedeu depois de chamar jornalistas para assistirem a vídeos que registraram o massacre de israelenses pelo Hamas, no 7 de outubro.
O TERROR
As imagens, que têm sido divulgadas por Israel para grupos restritos, que não têm autorização para reproduzi-las ao público, mostram pais sendo assassinados diante dos filhos, pessoas metralhadas, carros e casas incendiados e dezenas de cadáveres em ruas e rodovias.
O TERROR 2
No questionamento, a Folha afirmou que as imagens das execuções de israelenses pelos terroristas são chocantes, e que as dos ataques de Israel a Gaza são igualmente terríveis –o que levou os mandatários citados a criticarem duramente Israel por reagir punindo coletivamente a população do território palestino.
DE ONDE?
“Qual é a fonte dos presidentes da América Latina para estas informações?”, respondeu o cônsul. “Quem controla a informação que está saindo de Gaza? Quem está por trás delas? Que reportagens os jornalistas palestinos estão fazendo lá [em Gaza]?”, questionou.
DE LONGE
Para o cônsul, a imprensa brasileira, e de todo o continente, reproduz informações de agências internacionais que, por sua vez, levam ao ar informações dos jornalistas que vivem e trabalham em Gaza.
DE PERTO
“A informação que está saindo de Gaza está distorcida”, seguiu ele. A coluna perguntou então se ele considerava que os presidentes latino-americanos estavam mentindo. “Estão mal informados sobre o que está acontecendo”, concluiu ele.
NADA FEITO
Na entrevista, ele afirmou que não há hoje condições para a troca de reféns por prisioneiros palestinos, como propõe o Hamas. E disse não entender “por que toda a mídia não está chamando todo o mundo para fazer alguma coisa para libertar essas pessoas [reféns que os terroristas mantêm em Gaza].
EM RISCO
Disse ainda que há uma explosão do antissemitismo no Brasil e em outras partes do mundo, além de chamadas para que todos sejam assassinados. Afirmou ainda que a sessão com os vídeos sobre os ataques terroristas foi necessária para evitar “o negacionismo” sobre o que “está acontecendo” e o que “nós estamos enfrentando”.
EM RISCO 2
“Nenhum judeu no mundo, hoje, pode dizer que está seguro”, afirmou ainda o cônsul de Israel.
NA TELA
O jornalista Valmir Salaro participou da exibição do documentário “Escola Base: Um Repórter Enfrenta o Passado” na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, realizada na segunda (30). O advogado José Luis Oliveira Lima, conselheiro do Innocence Project Brasil, esteve lá, assim como a diretora-presidente do Instituto Liberta e também conselheira do projeto, Luciana Temer.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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