O caso de um paciente que agrediu a equipe médica e feriu policiais na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins, em Maceió, na noite dessa quarta-feira, 25, chamou atenção para a segurança dos trabalhadores nessas unidades. Segundo o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), somente em 2023, ao menos quatro casos de agressões a plantonistas foram registrados, sendo três deles em UPAs.
No episódio de ontem, a pancadaria foi tamanha que duas equipes da Polícia Militar (PM) precisou ser acionada. O homem foi preso e dois militares foram socorridos ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra.
Silvia Mara Gomes Melo, presidente do Sinmed, manifestou preocupação com o que chamou de crescentes casos de agressões a trabalhadores. “É a quarta vez que dou entrevista este ano [ sobre violência nas unidades ] fora os casos que a gente não sabe, que a gente não toma conhecimento. Todos têm medo, as mulheres mais ainda. Começam a não querer mais trabalhar nesses locais [ emergências]”, disse a representante em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara.
A médica pontuou que o aumento de casos coincide com a retirada de trabalhadores de segurança privada das unidades. “Locais de urgência e emergência não podem ficar sem segurança. As UPAs são locais que precisam de segurança 24 horas, são locais que recebem muitas vezes pacientes alterados em estado de embriaguez, usuários de drogas. Isso [ a agressão ] é uma forma gritante para pedir segurança nas unidades, todos os servidores precisam trabalhar de forma harmônica, com tranquilidade”, apletou.
O TNH1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), responsável pela administração das UPAs onde ocorreram os episódios de agressões, para levar o questionamento da representante sindical, mas não obteve retorno até a publicação deste material, mantendo o espaço aberto.