A passagem do ciclone Chido por Moçambique há uma semana deixou pelo menos 94 mortos e 670 feridos, segundo um novo balanço publicado neste domingo (22) pelo Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres.
Mais de 110 mil casas foram destruídas pelo ciclone. A estimativa é de que cerca de 620 mil pessoas tenham sido afetadas —a maior parte delas na província de Cabo Delgado, no nordeste do país, atingida no último domingo (15) por ventos com rajadas de até 260 quilômetros por hora e chuvas de 250 milímetros em 24 horas.
Imagens do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em Mecúfi, distrito mais impactado da província de Cabo Delgado, mostram edifícios danificados, como uma mesquita que foi destruída pela tempestade.
Daniel Chapo, eleito à presidência nas eleições de outubro, visitou neste domingo a região afetada. Chapo concorreu pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido que governa o país há 50 anos.
No último fim de semana, o ciclone Chido também devastou o arquipélago de Mayotte, no oceano Índico, um dos territórios ultramarinos mais pobres da França. Até agora, autoridades locais conseguiram confirmar 35 mortes, mas temem que o ciclone tenha deixado mais vítimas.
Além de muitos locais ainda estarem isolados por escombros, a dificuldade em estabelecer um número preciso de mortos em Mayotte ocorre porque algumas das vítimas foram enterradas imediatamente, de acordo com a tradição muçulmana, antes que suas mortes pudessem ser registradas.