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Entenda quem são os presos suspeitos de envolvimento na execução de delator do PCC

Um mês após a execução do delator do PCC Vinicius Gritzbach no Aeroporto Internacional de São Paulo, dois homens foram presos e outro foi detido pela Polícia Militar entre esta sexta-feira (6) e sábado (7).

Nesta madrugada, quatro pessoas foram detidas e levadas para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Após prestarem depoimento, três foram liberadas, enquanto Matheus Soares Brito, principal alvo das investigações, permanece detido na delegacia. A Polícia Civil já solicitou sua prisão temporária.

Matheus é suspeito de ter auxiliado o olheiro Kauê do Amaral Coelho a fugir de São Paulo, após a execução de Gritzbach e de ter ficado com o celular dele.

Kauê foi apontado pelas autoridades como o “olheiro” que avisou os atiradores sobre a chegada do empresário no aeroporto. Ele também foi o primeiro suspeito identificado pela força-tarefa.

Em depoimento, Matheus confirmou que conhece Kaue e que foi até a casa dele pegar objetos pessoais e roupas, mas negou ter viajado com o olheiro.

Já na sexta-feira, dois homens foram presos em flagrante por porte ilegal de munições de uso restrito: Marcos Henrique Soares Brito (irmão de Matheus) e o motorista Allan Pereira Soares (tio de Matheus e Marcos).

Segundo a polícia, Marcos também é alvo da investigação, pois o telefone do irmão Matheus está no nome dele.

Após receber denúncia anônima, policiais da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) foram até a Rua Romualdo de Souza Brito, na Vila Curuçá, Zona Leste de São Paulo. As informações são do boletim de ocorrência, o qual a TV Globo teve acesso.

No local, os PMs encontraram um carro estacionado em frente à residência de Allan. Como o veículo estava destrancado, eles o revistaram e encontraram: 79 munições de calibre 762, um carregador de fuzil calibre 556 municiado com 30 cartuchos e outro carregador calibre 556 vazio.

As munições estavam em uma sacola preta plástica no banco do passageiro. O material foi apreendido e levado para perícia.

Durante a ação, Allan se aproximou dos policiais e, em seguida, foi informado sobre a apreensão. Os PMs também pediram para entrar na residência, pois estavam procurando por Marcos.

O motorista permitiu a entrada dos agentes na casa, onde nenhum objetivo ilícito foi encontrado. Em seguida, ele ligou para o sobrinho e pediu para ele retornar ao imóvel. Marcos apareceu de moto cinco minutos depois.

Allan e Marcos foram levados, inicialmente, como averiguados para o DHPP. Contudo, ao chegarem na delegacia, descobriram que foram presos em flagrante.

Com Marcos, também foram apreendidos dois celulares — um deles era, justamente, do irmão Matheus.

Divergência de versões – Em depoimento, Allan contou que o carro, onde as munições foram encontradas, é dele, porém várias pessoas da família também o utilizam. Também relatou que não viu os policiais retirando as munições do seu veículo.

No baú da moto de Marcos, os policiais afirmaram que localizaram uma sacola plástica com mais 30 munições de calibre 556.

Entretanto, em depoimento, Marcos afirmou no baú havia apenas uma capa de chuva e papéis. Além disso, ele relatou que o veículo não foi revistado no momento em que chegou na casa do tio, diferente do que é dito pelos agentes.

“Somente quando estavam em deslocamento para a Delegacia, os Policiais pararam na Avenida Assis Ribeiro, onde permaneceram por cerca de 20 minutos, e perguntaram se tinha capacete no baú da moto e aí os Policiais olharam o conteúdo, sendo que nada falaram; acredita o interrogando que no baú da moto continha uma capa de chuva e papéis diversos, sem nenhuma importância”, disse Marcos no DHPP.

O que diz a defesa de Marcos –“O futuro Dr Marcos Soares é bacharel em Direito, tem 22 anos, aguarda a segunda fase do exame de Ordem dos Advogados do Brasil e trabalha como estagiário do Dr Guilherme Vaz, em escritório de direito empresarial. Mesmo com uma vida simples e humilde, é o primeiro da família a completar ensino superior. O jovem tem vida absolutamente imaculada e sem qualquer passagem policial. Nunca foi afeto a armas ou munições, sendo que tais materiais não são de sua propriedade e não estavam em seu poder quando da apreensão.”

“Em que pese as declarações do Coronel VALMOR RACORTI ter sido no sentido de que ‘é certeza que foi ele quem teria levado Kaue para o Rio de Janeiro’ a defesa tem diversos meios para provar que isso não é verdade. A defesa ainda não teve acesso aos autos mas, desde já, registra que o mandado de busca e apreensão não foi apresentado até o momento. Compreende-se à vontade e voluntariedade das Polícias (civil e Militar) em desvendar os fatos, todavia, não serão toleradas e nem admitidas quaisquer manobras para atribuir os fatos a pessoa inocente, ficando registrado que os culpados por tal erro serão devidamente responsabilizados. Por fim, a Defesa permanece à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários e confia no pleno esclarecimento dos fatos no âmbito do devido processo legal.”

Fonte: TNH1

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