Caso vença o time mato-grossense e o Bragantino tropece diante do Athletico-PR, o tricolor se livra das chances de cair para a segunda divisão
O último ato do Fluminense no Maracanã em 2024 terá contornos decisivos e pode tanto terminar com um sabor doce quanto (bem) amargo. Com a chance de poder encaminhar a permanência na Série A ou complicar de vez a sua situação, o tricolor recebe o já rebaixado Cuiabá, às 20h, e tem a torcida como seu principal trunfo para buscar os três pontos. Mais de 53 mil ingressos foram vendidos de forma antecipada para a partida, e isso é uma boa notícia para os tricolores.
Neste século, o Fluminense fez 32 partidas como mandante no Maracanã em que teve mais de 50 mil pessoas presentes, e sofreu apenas uma derrota — contra o Vitória, em 2014. Ao todo, o tricolor tem um retrospecto mais do que positivo, com aproveitamento de 80,21%, sendo 23 vitórias e oito empates.
No recorte apenas desta temporada, foram quatro partidas em que o estádio recebeu mais de 50 mil torcedores, e o time não só venceu todos os jogos como também não levou gols. Ou seja, a presença da torcida tricolor no Maracanã costuma servir de combustível para que a equipe consiga seus resultados.
Os números apenas constatam aquilo que não é tangível: a força da torcida. Após o empate com o Athletico-PR, o técnico Mano Menezes, apesar de entender que o momento tenso que o time vive pode gerar uma pressão, corroborou o pedido de “casa cheia” para o duelo da noite de hoje e pontuou que o apoio será mais do que imprescindível para os jogadores.
— É muito difícil pedir para o torcedor ter calma neste momento. Você pode pedir para o torcedor ir, e precisamos disso (presença da torcida). A equipe tem que fazer a parte dela para que essa força se transforme em algo positivo dentro do Maracanã — disse Mano. — Tenho certeza que o torcedor vai estar ao nosso lado até o fim do jogo para construirmos a vitória.
Sem o camisa 10
Apesar de a torcida do Fluminense ser um reforço para a equipe neste jogo decisivo, Mano Menezes terá que lidar com um grande desfalque: Paulo Henrique Ganso. O camisa 10 foi expulso já nos acréscimos da partida contra o Athletico, no último domingo, e cumpre suspensão hoje. A ausência do meia já seria algo para lamentar, mas outro fator pode ser ainda mais preocupante: o Fluminense ainda não venceu no Brasileirão sem o meia. Foram quatro partidas e apenas um ponto.
— Vamos sentir a falta dele, mas vamos ter o nosso torcedor, uma compensação, para fazermos um grande jogo com a formação que iniciou (contra o Athletico)ou outra que podemos escolher sem ele — afirmou Mano.
Sem a presença do camisa 10, Mano deve contar com o retorno de Keno, que ficou fora contra o Athletico por conta de dores no tornozelo.
A tendência é que o Fluminense entre em campo com um quarteto no ataque composto por Arias recuado como um meia, Keno e Serna abertos nas pontas e Kauã Elias como referência.
Fazendo contas
Apesar de depender apenas das próprias forças para se manter na Série A, o Fluminense também fica de olho nos outros resultados para poder se salvar já nesta rodada. Com a derrota do Criciúma diante do Flamengo por 3 a 0, ontem, no Heriberto Hülse, o tricolor precisa apenas vencer o Cuiabá e torcer por um tropeço do Bragantino contra o Athletico-PR, que jogam simultaneamente ao Flu, para garantir a sua permanência na primeira divisão.
