A conta de luz dos mineiros pode ficar mais cara se um projeto que regulamenta usinas eólicas em alto mar for aprovado no Senado Federal. A ideia original era criar regras para os chamados cata-vento funcionarem na costa brasileira, na teoria seria mais energia limpa e renovável para o país. O problema é que durante a tramitação no Congresso, foram colocados muitos outros projetos que não só não tem nada a ver com as usinas eólicas, como pretendem dar incentivos fiscais para outras fontes de energia que são poluentes.
Se passar, a previsão é de um custo extra de R$ 25 bilhões por ano na produção de energia elétrica. Em Minas Gerais, o preço da conta de luz pode subir 11%, segundo o presidente da frente nacional de consumidores de energia elétrica, Luiz Eduardo Barata.
“É importante esclarecer que a Frente Nacional dos Consumidores de energia, assim como uma imensa maioria o setor elétrico brasileiro, é favorável e a guarda aprovação do PL. O problema é que é o ser apreciado na Câmara dos Deputados, ao projeto forem incorporados de uma série de emendas para instalação de nova fontes de geração no momento desnecessárias e que custarão R$ 658 bilhões ao longo dos 25 anos com o impacto anual de 25 bilhões”, explicou.
O consultor de mercado de energia da Federação das Indústrias de Minas Gerais, a Fiemg, Sérgio Pataca, aponta as contradições no projeto como ele está hoje.
“O projeto original foi votado no final do ano passado no congresso, muito focado na regulamentação de usinas eólicas em alto mar. No decorrer da votação a gente teve inclusões de emendas totalmente alheias ao objeto inicial do projeto. Agora, ele está beneficiando diretamente energias não renováveis e energias não renováveis como o carvão mineral e o gás natural”, acrescentou.