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Fluminense vive maior jejum de vitórias com Mano Menezes em reta final do Brasileiro

Sem vencer há cinco jogos, tricolor vai ter, no domingo, mais um confronto direto na luta contra o rebaixamento


A três rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Fluminense chegou à sua maior sequência sem vitórias sob comando de Mano Menezes. As cinco partidas de jejum recolocaram a equipe em situação delicada na luta pela permanência na Série A. O empate sem gols no duelo direto contra o Criciúma, na última terça-feira, no Maracanã, foi o capítulo mais recente da má fase.

Após a partida, o treinador lamentou o resultado frustrante e a sequência negativa. No entanto, reforçou que está trabalhando na busca por soluções para voltar a sair de uma partida com os três pontos.

— Vamos trabalhar para vencer, porque os adversários estão tendo dificuldade contra todo mundo. Os times estão organizados e cedendo pouco neste momento da competição. Temos que fazer escolhas finais melhores para voltar a vencer. Estamos há cinco rodadas sem vencer e isso custa muito caro nessa hora — disse em coletiva.

Apesar de encontrar dificuldades nessa reta final, Mano tem um aproveitamento no Fluminense que não é de quem briga para escapar do rebaixamento: os 50% deixariam o tricolor na última vaga do G7, que garante um lugar na Pré-Libertadores do ano que vem.

Quando o técnico foi escolhido para substituir Fernando Diniz, a situação do Fluminense no Brasileirão estava muito mais preocupante. Na época, o tricolor era o lanterna, com apenas seis pontos em 13 partidas. Mas mesmo com a evidente melhora do time, a trajetória no clube é marcada pela inconstância entre bons e maus momentos.

Nas 28 oportunidades em que esteve à beira do campo, o técnico conseguiu três sequências de três vitórias consecutivas, sendo duas delas de quatro jogos de invencibilidade. São essas que deixaram o tricolor ainda com chances reais de permanecer na Série A.

Escassez de gols

O 0 a 0 com o Criciúma expôs ainda mais um problema que o Fluminense vem sofrendo na competição: a escassez de gols. Mano Menezes admitiu a dificuldade do time em balançar as redes dos adversários, e os números comprovam isso.

Com apenas 30 gols marcados nas 35 partidas que disputou, o tricolor tem o terceiro pior ataque da competição, superando apenas os já rebaixados Cuiabá (27) e Atlético-GO (24). É a segunda pior média do clube na história dos pontos corridos. Apenas na edição de seis anos atrás, quando lutou contra o rebaixamento até a última rodada, a produtividade ofensiva foi pior.

Esta também é a temporada menos goleadora do clube no século, com 70 gols em 64 jogos. O rendimento no ataque é um contraponto ao que os torcedores se acostumaram a ver em 2022 e 2023, quando a equipe marcou 121 e 115 gols, respectivamente. Para evitar o recorde negativo, também de 2018, precisa marcar seis vezes até o final do torneio.

Para Rodrigo Coutinho, comentarista tático do Sportv, não há somente um fator que explique o baixo rendimento ofensivo. Ele relembrou que o problema já vinha dos últimos meses do trabalho de Fernando Diniz, além de ressaltar que esta nunca foi uma valência dos times comandados por Mano Menezes:

— A equipe tem volume de jogo em certos momentos, chega ao campo adversário e consegue pressionar. Mas quando se aproxima da área é muito dependente da atuação individual dos jogadores. E nem sempre você vai conseguir furar um bloqueio defensivo dessa forma.

Pressionado pela sequência negativa e na beira do Z4, o Fluminense terá mais um duelo direto pela frente: enfrenta o Athletico no domingo, às 18h30, na Ligga Arena. O tricolor pode ter um desfalque de peso para o jogo que pode definir os rumos do clube para 2025. Ganso deixou o gramado do Maracanã no último empate se queixando de dores nas costas e é dúvida.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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