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Ditadura da Venezuela nega cerco a embaixada da Argentina – 25/11/2024 – Mundo

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, negou nesta segunda-feira (25) que autoridades do regime estejam cercando a embaixada da Argentina em Caracas, após opositores asilados no local e o governo de Javier Milei denunciarem assédio contra a sede diplomática.

Seis colaboradores da líder opositora María Corina Machado estão refugiados desde março na embaixada, incluindo sua chefe de campanha, Magalli Meda.

“Javier Milei é o fascista que governa a Argentina. Eu não sei [do que se trata] o que ele chama de assédio na sua embaixada, realmente desconheço do que nos acusa”, disse Diosdado em entrevista coletiva.

No sábado, o ministério das Relações Exteriores da Argentina denunciou “atos de assédio e intimidação” contra sua embaixada e exigiu que a Venezuela emita “os salvo-condutos necessários” para que os opositores refugiados na sede diplomática possam deixar o país.

“O uso de efetivos armados, o fechamento de ruas ao redor da nossa embaixada e outras manobras constituem uma perturbação da segurança”, disse em comunicado o Ministério das Relações Exteriores argentino, que também denunciou cortes de eletricidade.

“Que paguem a luz, que paguem os serviços, nós não vamos dar nada de graça”, ironizou Diosdado.

O ministro afirmou que “acabou a impunidade na Venezuela”, em referência a María Corina, a quem qualificou de terrorista. A oposição sustenta que Edmundo González, exilado na Espanha após uma ordem de prisão contra ele, venceu as eleições.

“Acabou a impunidade para a terrorista María Corina, para os terroristas que a acompanham, para os que andam gerando violência, para os que pedem sanções [dos Estados Unidos contra a Venezuela]”, disse ele.

Argentina e Brasil não se comunicaram sobre o cerco de agentes da Venezuela à embaixada argentina em Caracas, que está sob os cuidados do Brasil desde que há quatro meses a equipe diplomática da representação foi expulsa do país. Ali vivem seis asilados políticos.

Em setembro, forças da Venezuela cercaram a embaixada, com patrulhas da agência de inteligência venezuelana e da polícia. Além disso, agentes do regime estabeleceram à época, nos arredores do prédio, um posto de controle para verificar a identidade dos passantes.

O local está sob custódia do Brasil desde 5 de agosto, quando a ditadura chavista expulsou de sua capital os diplomatas de Buenos Aires. As tensões diplomáticas entre o regime e os países vizinhos se acirraram após as eleições presidenciais que deram um novo mandato a Nicolás Maduro no final de julho, em meio a acusações de fraude.

O cerco realizado há mais de dois meses foi definidor para a decisão de González de exilar-se na Espanha, como os relatos posteriores demonstraram. A nova ação ocorre poucos dias após o regime anunciar nova investigação contra María Corina, pelos supostos crimes de traição à pátria e conspiração.

Fonte: Folha de São Paulo

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