A Justiça do Estado de São Paulo vai levar a júri popular, nesta quarta-feira (13), o motorista de aplicativo Lúcio Douglas Rabelo da Silva, que é réu pelo assassinato da trans alagoana Anna Luísa Pantaleão, de 19 anos. A jovem era natural de Pão de Açúcar, interior de Alagoas, e foi encontrada morta às margens de uma rodovia de Pirapora do Bom Jesus, no interior de São Paulo, em setembro do ano passado.
O julgamento do motorista de aplicativo está marcado para acontecer na 2ª Vara Criminal, em Carapicuíba, cidade que fica na região metropolitana de São Paulo. Além da presença do réu, o júri deve contar com o comparecimento de testemunhas e da família da alagoana.
À época do crime, Lúcio Rabelo, de 21 anos, confessou ter assassinado Anna Luísa. Em depoimento à polícia, ele disse que havia contratado a alagoana para fazer um programa, mas que desistiu do serviço ao perceber que a jovem era transexual. Lúcio também contou que a situação gerou uma briga, que acabou culminando no assassinato da jovem. Ele foi detido e permanece em um presídio no estado de São Paulo.
Relembre o caso
- A jovem Anna Luísa Pantaleão era natural de Pão de Açúcar e havia deixado Alagoas para viver em São Paulo, onde trabalhava como garota de programa;
- No dia 4 de setembro do ano passado, amigas de Anna Luísa relataram o desaparecimento dela. Dias depois, o corpo da jovem trans foi encontrado às margens de uma rodovia, no interior de São Paulo;
- Durante depoimento à polícia, o autor do crime, um motorista de transporte por aplicativo identificado como Lúcio, contou que tinha contratado Anna Luísa para fazer um programa, mas teria desistido do serviço ao perceber que a alagoana era transexual. A jovem teria ficado revoltada com a situação e iniciado uma briga com o assassino confesso;
- Lúcio afirmou que Anna Luísa estaria alcoolizada e teria sacado um canivete da bolsa. Mas, durante a luta corporal, o motorista de app teria tomado o objeto dela e a acertado com um golpe no pescoço. Depois do crime, o motorista teria ido até um motel no município de Santana de Parnaíba para enrolar o corpo com cobertor e depois dispensá-lo em Pirapora.