O Google deixou de exibir nesta quarta-feira, 6, o painel de cotação do dólar nas buscas feitas na ferramenta após mostrar, de forma errada, um câmbio acima de R$ 6, o que confundiu internautas e provocou confusão. Por volta das 13h30, por exemplo, a plataforma exibia a cotação da moeda a R$ 6,17.
“Recursos da Busca como o ‘câmbio de moeda’ são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível”, disse o Google, em nota, ao admitir o erro.
A plataforma deixou de exibir também cotações de outras moedas, como euro, iene ou peso mexicano.
Ainda é possível buscar o painel de cotação do dólar no Google Finance, que a partir da tarde começou a mostrar o preço correto, na casa dos R$ 5,70.
Atualmente, a plataforma utilizada pelo Google para angariar os dados de câmbio e outros é a Mornigstar.
Em sua página de ‘exoneração de responsabilidade’, o Google declara que “todos os dados e informações são fornecidos ‘no estado em que se encontram’ somente para fins informativos, e não para fins de negociação ou recomendação sobre investimentos, tributos, questões jurídicas, financeiras nem outros assuntos. Consulte seu agente ou representante financeiro para verificar os preços antes de executar qualquer negociação”.
Cotação do dólar
Com a vitória de Trump, o dólar chegou a R$ 5,86 por volta das 10h30, com uma valorização de quase 2% no intradia. Depois, a moeda recuou e caminha para encerrar o dia abaixo de R$ 5,70, conforme a Reuters.
O dia também é de valorização da bolsa de valores de Nova York. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 2,4% ao passo que o Dow Jones avançou 3,4%.
“A apreciação do dólar frente ao real se deve, na maior parte, às expectativas de maiores juros na gestão Trump, especialmente pelo lado fiscal expansionista de seu governo, com os ambiciosos cortes de impostos. O plano de Trump tem um viés bastante inflacionário, que deve ser combatido com maiores taxas de juros, aumentando a atratividade do dólar e dos ativos norte-americanos frente aos pares emergentes”, explica José Alfaix, economista da Rio Bravo.