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Itamaraty não deve reagir publicamente à Venezuela – 30/10/2024 – Mônica Bergamo

O Itamaraty não deve reagir publicamente à decisão do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela de convocar seu embaixador em Brasília. A medida é tomada quando um país quer explicitar contrariedade com os atos de outra nação.

A represália ocorre na esteira do veto brasileiro à entrada da Venezuela no Brics. E um dia após o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmar que a reação venezuelana à decisão era “totalmente desproporcional, cheia de acusações ao presidente Lula e à chancelaria”.

Amorim foi inclusive descrito pelo regime de Nicolás Maduro como “mensageiro do imperialismo norte-americano”.

Segundo membros do Itamaraty envolvidos nas tratativas, a ideia é não escalar o atrito entre os países. Tampouco há a previsão de convocar a embaixadora brasileira em Caracas —que, inclusive, está de férias.

Já desgastada, a relação entre os dois países degringolou após as eleições do final de julho na Venezuela, nas quais Maduro foi declarado vencedor em meio a denúncias de fraude e ampla rejeição da comunidade internacional.

O presidente da Assembleia Nacional e político essencial para a manutenção de Maduro no poder, Jorge Rodríguez, afirmou que pediria ao legislativo que declarasse Amorim “persona non grata” por sua “posição absolutamente prostrada aos desígnios do império agressor” contra a Venezuela.

De acordo com o comunicado da chancelaria, o objetivo da represália é “manifestar seu mais firme repúdio às recorrentes declarações intervencionistas e grosseiras de porta-vozes autorizados pelo governo brasileiro, em particular as proferidas pelo assessor especial em assuntos exteriores, Celso Amorim”.

A nota afirma que o ex-chanceler “tem se dedicado de maneira impertinente a emitir juízos de valor sobre processos que dizem respeito apenas aos venezuelanos”, “agindo mais como um mensageiro do imperialismo norte-americano”. Essa postura, continua o comunicado, está “minando as relações políticas e diplomáticas entre os Estados”.


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Fonte: Folha de São Paulo

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