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Lula determina voo de repatriação de brasileiros no Líbano – 30/09/2024 – Mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (30) a realização de voo para repatriar brasileiros que estão no Líbano, país que vem sendo alvo de ataques das forças israelenses, em guerra com o grupo Hezbollah.

A data ainda não foi definida, mas será anunciada nos próximos dias, segundo o governo. O plano prevê a retirada dos brasileiros da área pelo aeroporto da capital do Líbano, Beirute.

“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou a realização de voo de repatriação de brasileiros no Líbano. A operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, terá a data anunciada nos próximos dias, após análise das condições de segurança para o voo. O planejamento inicial da Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que se encontra aberto”, informou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.

O texto ainda completa que a embaixada brasileira no Líbano está tomando as providências para viabilizar a operação. O poto diplomático está em contato com a comunidade brasileira no país e em “estreita coordenação com as autoridades locais”.

A decisão de retirar os brasileiros acontece no momento em que Israel ameaça invadir o Líbano

Uma operação terrestre, que já tem ações precursoras em curso, como relatou a Folha no domingo (29) e o Departamento de Estado dos EUA confirmou nesta segunda, parece cada vez mais inevitável. No fim da noite (tarde no Brasil), três áreas no norte israelense foram declaradas zonas militares fechadas.

Na sexta-feira (27), o governo brasileiro confirmou a morte da de Mirna Raef Nasser, adolescente brasileira natural de Balneário Camboriú (SC), após bombardeios no sul do Líbano no início desta semana.

Em nota, o governo brasileiro afirma que tomou conhecimento “com grande pesar e consternação” da morte da brasileira. “Segundo relato familiar, a adolescente e seu pai, de nacionalidade libanesa, foram atingidos por bombardeio aéreo, em casa, na segunda-feira (23).”

Trata-se da segunda cidadã brasileira atingida pelos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, de acordo com o Itamaraty.

Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu durante bombardeios de Israel no Líbano no mesmo dia. Ali Kamal Abdallah, que nasceu em Foz do Iguaçu (PR), estava no vale do Bekaa, a leste da capital, Beirute, uma das regiões atacadas pelas tropas israelenses devido à presença de forças do Hezbollah.

O conflito no Oriente Médio atingiu um novo patamar de violência no fim de semana, com o assassinato na noite de sexta-feira (27) do líder do grupo libanês, Hassan Nasrallah, de 64 anos, além de diversos outros líderes. Todos foram mortos durante um mega-ataque aéreo na capital Beirute.

O Estado judeu aumentou ainda mais seu alerta militar, restringiu concentração de pessoas no centro e no norte do país e sofreu golpes pontuais ao longo deste sábado (28).

O xeque Nasrallah, um dos mais poderosos atores da violenta política da região, teve sua morte anunciada pelo Exército de Israel confirmada pelo Hezbollah. O grupo disse que ele “juntou-se aos seus grandes e imortais mártires” em nota, e afirmou que continuará o apoio “a Gaza, à Palestina e em defesa do Líbano”.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança pela morte do clérigo xiita, aumentando ainda mais o clima de tensão. Especialistas não acreditam em uma intervenção direta iraniana, mas sim um reforço dos seus proxies, como os Houthis, do Iêmen.

A crise no Oriente Médio já havia subido no domingo (22) após Israel lançar uma grande ofensiva, com ataques aéreos em diversas regiões libanesas. O Hezbollah já havia, por sua vez, lançado foguetes contra territórios israelenses, após a explosão dos pagers, quando diversas lideranças do grupo foram mortas.

O governo Lula vem criticando os ataques israelenses. Em uma nota logo após a intensificação dos ataques, o Ministério das Relações Exteriores disse que condenava a ofensiva nos seus “mais fortes termos” e reprovava as declarações de autoridades de Tel Aviv em favor de operações militares e da ocupação do território libanês.

Fonte: Folha de São Paulo

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