O Itamaraty confirmou nesta sexta-feira (27) a morte de Mirna Raef Nasser, adolescente brasileira natural de Balneário Camboriú (SC), após bombardeios no sul do Líbano no início desta semana.
Em nota, o governo brasileiro afirma que tomou conhecimento “com grande pesar e consternação” da morte da brasileira. “Segundo relato familiar, a adolescente e seu pai, de nacionalidade libanesa, foram atingidos por bombardeio aéreo, em casa, na segunda-feira, 23/9.”
O governo expressou “as mais sentidas condolências” e criticou os ataques de Israel à região. “O governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades.”
A Embaixada do Brasil em Beitute está prestando assistência à família da adolescente, segundo a nota.
Trata-se da segunda cidadã brasileira atingida pelos intensos bombardeios aéreos israelenses na região, de acordo com o Itamaraty.
Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu durante bombardeios de Israel no Líbano no mesmo dia. Ali Kamal Abdallah, que nasceu em Foz do Iguaçu (PR), estava no vale do Bekaa, a leste da capital, Beirute, uma das regiões atacadas pelas tropas israelenses devido à presença de forças do Hezbollah.
Familiares de Mirna afirmaram à Folha na quinta (26) que Mirna havia sido morta no Líbano durante ataques aéreos feitos por Israel.
À GloboNews Ali Bu Khaled, o tio de Mirna, afirmou que a adolescente e familiares chegaram a deixar a região após a escalada dos ataques israelenses, mas precisaram voltar para buscar pertences. Ele disse que o pai da adolescentee Mirna, que era libanês, também foi morto no bombardeio.
Mirna Raef Nasser se mudou para o Líbano quando tinha 1 ano. As informações foram noticiadas primeiro pela Band.
O vale do Bekaa fica a leste de Beirute e se tornou alvo de bombardeios israelenses devido à presença de forças do Hezbollah. Autoridades libanesas e organizações independentes, no entanto, afirmam que os ataques ocorrem em áreas povoadas e que centenas de civis estão entre as vítimas.