A arma utilizada na confusão generalizada ocorrida dentro de um bar no bairro de Cruz das Almas, envolvendo torcedores de times de futebol rivais, na noite da última quarta-feira (04), pertence a um policial militar aposentado. Nesta segunda-feira, 09, o homem de 61 anos, que terá a identidade divulgada, compareceu ao 6º Distrito Policial (DP)…
A arma utilizada na confusão generalizada ocorrida dentro de um bar no bairro de Cruz das Almas, envolvendo torcedores de times de futebol rivais, na noite da última quarta-feira (04), pertence a um policial militar aposentado.
Nesta segunda-feira, 09, o homem de 61 anos, que terá a identidade divulgada, compareceu ao 6º Distrito Policial (DP) para prestar depoimento sobre a situação que envolveu pelo menos 22 pessoas. Ele falou que quem efetuou os disparos foi seu filho em legítima defesa, após vê-lo ferido e ensanguentado.
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O jovem de 23 anos estaria no local com o pai e outras pessoas quando um grupo de ditos torcedores do CSA se aproximaram e começaram a agredir torcedores do CRB que já estavam no estabelecimento. Em dado momento, ele teria ouvido os agressores gritarem: “mata, mata”, então correu até o carro, pegou a arma do pai e efetuou os disparos.
“Eu tenho 61 anos de idade, um cara idoso, passando por um problema desse. Nunca na minha eu passei por uma coisa dessa. Eu vi a morte. Quando eles gritavam: ‘mata, mata’, eu fui com meu filho, protegendo, livrando um, livrando outro, e protegendo meu filho para entrar no carro. Foi quando ele [o filho] entrou no carro, pegou minha arma, me viu todo ensanguentado, e um cara gritando ‘mata, mata’, e ele atirou. E foi a salvação de muita gente ali, porque entraram [os agressores] no carro e foram embora”, contou o pai em entrevista à TVPajuçara.
A vítima, que entrou em luta corporal com os agressores, ficou machucado e ainda apresenta hematomas pelo corpo.
Também em entrevista, o chefe de serviço da PC/AL, Jorge Mendes, confirma que um dos agressores foi baleado e está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). Os outros conseguiram fugir, mas alguns já foram identificados pela Polícia Civil.
Na última semana o delegado responsável pelo caso, Robervaldo Davino, confirmou que pelo menos 16 envolvidos já estavam identificados.
Ainda segundo o agente, o grupo estaria envolvido em outros casos naquele mesmo dia. “Há informações de que eles se reuniam na Praça da Faculdade, na Praça do Centenário e articularam esses ataques, que não foi uma coisa pontual em Cruz das Almas, foram em outros bairros também. Isso está sendo levantado, está sendo investigado no inquérito”, contou o chefe de operações.
Entenda o caso
Na quarta-feira (04) seis torcedores regateanos estavam no bar, no bairro de Cruz das Almas, assistindo à partida entre o CRB e Vila Nova, realizada em Goiás pela Série B do Brasileirão, quando os 16 elementos chegaram em quatro carros, por volta das 21h40.
As câmeras de segurança de estabelecimentos próximos flagraram várias pessoas correndo pelas Avenida Pilar e Travessa Derval Macário dos Santos e ao fundo o barulho de disparos de arma de fogo. Além disso, existiam veículos saindo em alta velocidade após as agressões.
Desde então, a Polícia Civil iniciou com as investigações sobre o caso.