Após o TNH1 publicar que um professor está sendo investigado por suspeita de assediar uma estudante de 13 anos, outras denúncias envolvendo o docente vieram à tona. No total, quatro mães e um pai de alunas, que têm entre 13 e 14 anos, procuraram a polícia para registrar Boletins de Ocorrências (B.Os) denunciando a postura do educador, que tem 61 anos.
Todos os cinco casos registrados na Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Criança e ao Adolescente teriam ocorrido na Escola Estadual Lafaiette Belo, no Benedito Bentes, parte alta de Maceió, durante as aulas de Educação Física, ministradas pelo professor suspeito.
Em um dos casos, a mãe de uma aluna contou à polícia que o professor assediava a filha dela há quatro anos. Essa estudante tem hoje 14 anos e os relatos feitos à família e compartilhados com a polícia são semelhantes aos divulgados anteriormente pela reportagem do TNH1.
“A vítima foi tirar uma dúvida da atividade escolar com o autor e, ao perguntar, o autor respondeu que se a vítima quisesse ser a mulher dele tiraria qualquer dúvida. O professor dá ‘aulas de sexo’ para alunos, ensinando-os e simulando práticas sexuais; que os alunos se sentem constrangidos pelos autor”, traz o Boletim de Ocorrência registrado no dia 08 de agosto de 2024.
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que o professor foi afastado da função pelo período de 60 dias, como parte de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD); leia a nota na íntegra:
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que a gestão da Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, localizada no bairro Benedito Bentes, em Maceió, abriu Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em desfavor do servidor suspeito de cometer o crime de assédio, afastando-o, preventivamente, pelo período de 60 dias.
A gestão da unidade de ensino segue à disposição das autoridades policiais, a fim de contribuir com as investigações, já dispensando especial atenção às alunas que denunciaram os atos, bem como aos seus familiares, por meio do programa Escola do Coração, que reúne psicólogos e assistentes sociais, responsáveis por diversas ações voltadas à educação socioemocional dos estudantes.
O possível retorno do professor à escola, no entanto, ainda aflige as mães das alunas. “Esperamos que ele não seja só afastado durante 60 dias. Nós queremos mesmo é que ele se afaste da escola de vez, porque ele não pode estar atuando em escola nenhuma. Ele vai continuar fazendo essas coisas, ele já está acostumado a fazer, ele vai continuar fazendo”, desabafou uma das mães.
A reportagem também tentou falar com o professor, mas não conseguiu contato, deixando espaço aberto para um eventual posicionamento.