Uma tentativa de fuga da maior penitenciária da República Democrática do Congo na madrugada desta segunda-feira (2) terminou com 129 detentos mortos, afirmou o ministro do Interior do país, Jacquemain Shabani, nesta terça-feira (3).
Segundo ele, 24 dos mortos foram baleados pelas forças de segurança após receberem advertências. A maioria dos demais foi sufocada ou esmagada durante a escapada, que ocorreu na prisão de Makala, na capital Kinshasa —da onde mais de 4.000 detentos fugiram em 2017.
As autoridades não revelaram detalhes sobre o número de presos que tentaram fugir ou as circunstâncias em que o incidente ocorreu. Também não especificaram se todos os mortos eram prisioneiros, informando apenas que nenhum dos cativos conseguiu sair da prisão e que a situação estava sob controle.
O episódio ainda deixou ao menos 59 feridos em estado grave. Além disso, partes do complexo, que tem capacidade para 1.500 detentos mas abriga entre 14 mil e 15 mil prisioneiros, foram incendiadas, incluindo o edifício da administração, o depósito de alimentos e um hospital.
Grupos de direitos humanos pedem a abertura de uma apuração internacional sobre o ocorrido. Imagens do rescaldo da tentativa de fuga exibem um enorme buraco em uma parede de tijolos, edifícios carbonizados e um escritório com papéis espalhados pelo chão.
O ministro da Justiça, Constant Mutamba, escreveu na rede social X que “investigações estão em curso para identificar e punir severamente os responsáveis pelos atos”.