Maior ginasta da história do Brasil e recordista do país em medalhas olímpicas, Rebeca Andrade é a convidada desta semana do Bola da Vez, programa que vai ao ar neste sábado (31), às 18h30 (de Brasília), com transmissão no Disney+. Dentre os assuntos discutidos durante o programa, Rebeca Andrade abriu o jogo sobre as dores…
Maior ginasta da história do Brasil e recordista do país em medalhas olímpicas, Rebeca Andrade é a convidada desta semana do Bola da Vez, programa que vai ao ar neste sábado (31), às 18h30 (de Brasília), com transmissão no Disney+.
Dentre os assuntos discutidos durante o programa, Rebeca Andrade abriu o jogo sobre as dores que o esporte exige durante o dia a dia e deixou em aberto o futuro no solo, onde conquistou o ouro nas Olimpíadas de Paris.
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“Eu amo ginástica, eu amo esse esporte e tenho ainda muita vontade de continuar vivendo e ter as sensações que eu tenho dentro do esporte. Eu sinto que ainda aguento. Lógico, eu disse que não vou mais fazer solo. Porque olhando pra dentro, tem muitas dores, é um aparelho que demanda muito da minha energia, exige muito dos membros inferiores”, disse.
“Eu queria dar uma folga pra essa parte, mas não me impede de fazer um salto, uma paralela, fazer uma trave se precisar. De pouquinho em pouquinho, ver se no futuro eu conseguiria mais uma vez fazer um solo ou não. Se me perguntar hoje, eu não quero fazer mais, nunca mais. Não quero mesmo. Mas o futuro a Deus pertence”, completou.
Sobre a trajetória nos Jogos Olímpicos de 2024, Rebeca contou os bastidores da superação do corpo para fazer história. Entre uma prova e outra, tratamentos, fisioterapia e até remédio contra a própria vontade para aguentar a rotina exaustiva.
“As dores… Às vezes você sente tanta dor que o corpo chega a ficar latejando. Meu joelho nem tem reclamado tanto, são mais outros pontos. As costas, o ombro, tendão… Às vezes eu acordo de manhã e já levanto da cama mancando, não consigo descer a escada, não consigo subir na meia ponta, coisas básicas. Aí você não quer tomar remédio pra dor porque só mascara os problemas que você tem… A gente faz muito tratamento, muita fisioterapia para o corpo aguentar.”
“E o choro que eu tive depois do solo, não foi porque ganhei a medalha, assim que eu terminei. Eu estava chorando porque eu estava viva. Eu só queria sair da competição inteira, sem nenhuma lesão. Eu estava bem de cabeça e fisicamente, mas as dores estavam ali. Que foram controladas com medicação”, finalizou.
Ao todo, Rebeca soma seis pódios olímpicos. São dois ouros (salto em 2020 e solo em 2024), três pratas (individual geral em 2020 e 2024 e salto em 2024) e um bronze (equipes em 2024), conquistas alcançadas em somente duas participações nos Jogos, em Tóquio 2020 e Paris 2024.